segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

INOVAÇÃO CONTRA A CRISE

Os empresários estão apostando em inovação para escapar da crise mundial. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga, afirma que “a inovação é fundamental para dar às empresas brasileiras condições de competição”. Destaca que apesar de a expectativa do crescimento do PIB estar em menos de 2,4%, ele espera que a indústria cresça 4% no ano que vem. Opinião parecida tem o ex-presidente da CNI, senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE), que defende a implementação das medidas do Plano Brasil Maior e, sobretudo, promover em nível das próprias empresas, um esforço para investir na inovação, “porque a inovação é a chave, é o futuro da indústria brasileira”.

Como as lideranças nacionais, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor Müller, acredita que a inovação é fundamental para a competitividade das indústrias para 2012. Disse que é cada vez menor o número de empresários que acreditam na melhora da situação econômica nos próximos meses. “Isso significa preocupação com os novos investimentos pelos industriais”, avaliou Heitor Müller, na quinta-feira passada, em jantar com jornalistas, em Brasília, ressaltando que “os negócios são afetados pela inflação ascendente e, principalmente, pelo acirramento da concorrência dos importados, além da incerteza com a dimensão dos impactos da crise internacional”.

Falta de logística

Alguns dos problemas enfrentados pela indústria gaúcha, na opinião de Heitor Müller, são a ausência de transporte lacustre, a quase inexistência de transporte ferroviário e a falta de uma pista no aeroporto internacional para receber grandes aeronaves e a instalação de equipamentos técnicos de operação. A infraestrutura precisa ser revisada a partir de uma visão regional. “Por isso - explica o líder empresarial - estamos integrados com as Federações de Indústrias do Paraná e de Santa Catarina no projeto denominado Sul Competitivo.” Está na primeira fase, de coleta de dados, e já foi apresentado às bancadas dos deputados federais dos três estados.

Salários maiores

Para o presidente da Fiergs, há dois fatores que prejudicam sobremaneira a competitividade setorial no que diz respeito aos salários. Em primeiro lugar, a valorização cambial que resulta em custos maiores da mão de obra, relativamente àqueles verificados no cenário internacional. No Brasil, o salário/hora na indústria em dólares chega a ser o dobro daquele pago, por exemplo, na Rússia e no México e, três vezes o da China e da Índia. O segundo ponto é o mínimo regional, que tem como resultado um salário no Rio Grande do Sul, em especial na indústria, que é maior que os concorrentes em outros estados, inviabilizando algumas atividades.

Comércio exterior

O Rio Grande do Sul ocupa a 4a posição entre estados brasileiros exportadores e o 2o lugar entre os que possuem a pauta mais diversificada de produtos manufaturados. São mais de 20 segmentos industriais. No entanto, a exportação da indústria gaúcha tem sido a mais atingida nos últimos anos, segundo Heitor Müller. Ele diz que, em agosto, por exemplo, o crescimento das vendas externas ficou 50% abaixo da média nacional. Entre 2005 e 2010, mais de 120 empresas gaúchas deixaram de exportar. Os motivos são vários: queda da demanda internacional em função da crise, câmbio valorizado e aumento dos custos de produção no Rio Grande do Sul.

FONTE: Jornal do Comércio

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