sexta-feira, 29 de julho de 2011

Conheça as oito modalidades de bolsa do Ciência sem Fronteiras

Até 2014, o governo federal vai conceder 75 mil bolsas para estudantes e pesquisadores por meio do programa Ciência sem Fronteiras, parceria do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) com o Ministério da Educação (MEC). Serão oferecidas oito modalidades de apoio, principalmente ao estudo de brasileiros no exterior, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico (CNPq/MCT) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).

O site do programa, que já está no ar com informações básicas, será lançado oficialmente na próxima segunda-feira (1º) para tirar dúvidas. O processo de seleção dos alunos começará neste semestre, segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. “O critério é mérito e mérito não é QI de quem indica. O método é o desempenho que o aluno teve em critérios objetivos e republicanos”, garantiu.

As áreas estratégicas do programa são engenharias e ciências básicas e tecnológicas (leia mais abaixo). As bolsas de intercâmbio se dirigem a três níveis de estudo: graduação, doutorado e pós-doutorado.

A Bolsa Brasil de Graduação Sanduíche (SWG) irá contemplar os estudantes que completaram ao menos 40% e no máximo 80% do curso. O estudante deverá ainda se comprometer a permanecer no Brasil o tempo mínimo equivalente ao que esteve fora do país como bolsista.

O potencial e o desempenho acadêmico serão critérios de seleção. Estudantes que ingressaram na instituição pelo do Programa Universidade para Todos (ProUni) ou do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e que obtiveram nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) superior a 600 pontos também poderão participar.

Instituições de Ensino Superior que participam dos programas de Iniciação Científica (Pibic) e Tecnológica (Pibit) do CNPq receberão cotas para selecionar alunos. O processo será feito pela instituição, mas a escolha será do CNPq. Para estudar fora do país, os alunos vão ganhar passagem aérea, seguro saúde, auxílio instalação e uma bolsa mensal de US$ 870. As taxas escolares também serão bancadas pelo Ciência Sem Fronteiras.

As bolsas Brasil Doutorado Sanduíche no Exterior (SWE) e Doutorado Integral no Exterior (GDE) terão processos de seleção divulgados periodicamente. Os benefícios compreendem bolsa mensal de US$ 1,3 mil, passagem aérea, seguro saúde, auxílio instalação e taxas escolares. Também serão concedidas cotas de bolsas na modalidade SWE para os cursos de pós-graduação com conceito maior ou igual a 4 na classificação da Capes.

Bolsas para pesquisadores

Entre 2011 e 2014, 660 pesquisadores serão escolhidos para fazer parte da Bolsa Brasil Estágio Sênior (ESN). Com duração de três a seis meses, essa modalidade prevê bolsa mensal de US$ 2,3 mil, passagem aérea, seguro-saúde e auxílio instalação. Pesquisadores doutores com formação obtida há pelo menos oito anos podem concorrer às vagas.

Outra modalidade voltada para profissionais com mais experiência é a Bolsa Brasil Pós-Doutorado no Exterior (PDE). Cinco mil cartas de estudo com bolsa mensal de US$ 2,1 mil, passagem aérea, seguro saúde e auxílio instalação serão concedidas até o fim da primeira edição do Ciência Sem Fronteiras.

As bolsas PDE são voltadas ao pesquisador doutor que pretenda complementar a formação com os temas e prioridades do programa. A duração da bolsa é de um ano. Tanto na modalidade ESN como na PDE, CNPq vão conceder cotas de bolsas aos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs).

Há, por fim, o Bolsa Brasil Treinamento de Especialistas no Exterior (SPE), cujos benefícios são: valor de R$ 1.300 mensais, passagens aéreas, seguro-saúde e auxílio de instalação.


Para atrair ou repatriar talentos e lideranças científicas

Para atrair pesquisadores de outros países e brasileiros residentes no exterior, o programa Ciência Sem Fronteiras terá duas modalidades: Bolsa Brasil Jovens Cientistas de Grande Talento (BJT) e Bolsa Brasil Pesquisador Visitante Especial (PVE).

A primeira prevê que o cientista fique no país por três anos. Ele receberá passagem aérea, auxílio instalação, cota de bolsa de iniciação científica, auxílio financeiro para o laboratório e bolsa de R$ 7 mil por mês.

A PVE é uma modalidade de bolsa diferenciada. O objetivo é atrair lideranças científicas internacionalmente reconhecidas. O pesquisador deve se dispor a permanecer no Brasil por algum tempo enquanto a bolsa estiver em vigência. Além disso, também deve se comprometer a receber brasileiros nos laboratórios no exterior.

Entre os benefícios, estão a cota mensal de R$ 14 mil, que será paga quando ele estiver no Brasil, uma viagem anual para o pesquisador, uma bolsa de Pós-Doutorado Júnior (PDJ) e uma bolsa (SWE), além de R$ 50 mil por ano de custeio para o laboratório hospedeiro.

Mais sobre o programa

O Programa Ciência sem Fronteiras objetiva estimular o avanço da ciência nacional em tecnologia, inovação e competitividade, por meio da expansão da mobilidade internacional. Para alcançar esse objetivo é preciso aumentar a presença de pesquisadores e estudantes brasileiros em instituições de excelência no exterior. Além de atrair jovens talentos científicos e investigadores para trabalhar no Brasil.

O CNPq concederá 35 mil bolsas, um investimento de R$ 1,43 bilhão. Já a Capes concederá 40 mil bolsas, com recursos de R$ 1,73 bilhão. No total serão investidos R$ 3,16 bilhões.

Além das 75 mil bolsas que vai custear, o governo espera que a iniciativa privada arque com mais 25 mil, totalizando 100 mil bolsas até 2014.

As áreas estratégicas são:

- Engenharias e demais áreas tecnológicas;
- Ciências Exatas e da Terra: Física, Química e Geociências;
- Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde;
- Computação e Tecnologias da Informação;
- Tecnologia Aeroespacial;
- Fármacos;
- Produção Agrícola Sustentável;
- Petróleo, Gás e Carvão Mineral;
- Energias Renováveis;
- Tecnologia Mineral;
- Tecnologia Nuclear;
- Biotecnologia;
- Nanotecnologia e Novos Materiais;
- Tecnologia de prevenção e migração de desastres naturais;
- Tecnologias de transição para a economia verde;
- Biodiversidade e Bioprospecção;
- Ciências do Mar;
- Indústria Criativa;
- Formação de Tecnólogos.

Fonte: MCT

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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Inovação também na Economia - Internet permite cálculo da inflação em tempo real

Dois cientistas do MIT, nos Estados Unidos, acreditam ter encontrado mais uma utilidade para a internet: medir a inflação em tempo real.

Um bilhão de preços

Manipulações à parte, o fato é que medir a inflação é um trabalho difícil, que emprega centenas de pessoas pesquisando preços em milhares de lugares diferentes.

Segundo Roberto Rigobon e Alberto Cavallo, isto pode ser feito muito mais facilmente, e com maior precisão, usando a internet. Para isso eles criaram o "Projeto Um Bilhão de Preços".

Ajustando um programa de pesquisa de preços pela internet, similar ao usado por sites de cotação, os pesquisadores já estão monitorando 5 milhões de itens de consumo a cada dia - em 70 países diferentes.

O projeto começou coletando preços de supermercados. A seguir foram incluídos produtos eletrônicos, roupas e móveis. Agora a lista de itens pesquisados é enorme, incluindo inclusive imóveis.

Índice de inflação da internet

A aferição do "índice de inflação da internet" está sendo feito por meio de comparações com os índices oficiais, e os resultados se mostraram muito próximos e de forma consistente, ao longo dos três últimos anos.

"A tentação é dizer que isto está se tornando um substituto para o Índice de Preços ao Consumidor," diz Cavallo. "Mas nós preferimos pensar nele como uma abordagem complementar."

Segundo o pesquisador, o governo está fazendo um bom trabalho na medição da inflação, mas o Projeto Bilhão de Preços pode revelar tendências inflacionárias mais rapidamente, abranger uma amostra de produtos maior e tornar os resultados disponíveis mais prontamente - em tempo real.

Manipulação da inflação

Cavallo, que é argentino, contou que a inspiração para a criação do projeto veio da manipulação que o governo do seu país fez com os índices de inflação nacionais, para fazer parecer que a inflação não era tão alta quanto era na realidade.

"As pessoas iam ao supermercado e viam que a inflação era muito mais alta do que o que o governo estava dizendo," conta ele. "Eu pensei que devia haver uma forma melhor de fazer isso."

Se o projeto for adotado de forma mais ampla, poderá ser o fim da capacidade dos governos de manipularem os índices, algo bastante comum em vários períodos da também na história do Brasil.

Mas há outros benefícios: "Um dos grandes benefícios que um projeto como este oferece é que você pode capturar uma dinâmica de maior frequência, que pode ser mascarada nos dados mensais", diz Neiman Brent, professor de Economia na Universidade de Chicago, que não está envolvido no projeto.

Brent acrescenta que a iniciativa se aplica à pesquisa sobre os preços em geral e não apenas aos itens que compõem a cesta de bens usada para calcular a inflação.

Ajustes necessários

O trabalho, contudo, ainda não está terminado.

Enquanto é fácil usar a internet para coletar preços de produtos eletrônicos e listas de supermercados, o mesmo não acontece, por exemplo, com os serviços de saúde, incluindo consultas e medicamentos, que dificilmente têm seus preços anunciados na internet.

Outra área na qual o Projeto ainda não é eficaz é no custo da mão-de-obra, uma vez que a remuneração dos trabalhadores vai além de um simples salário publicado em anúncios de emprego.

Fonte: Portal Inovação

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quarta-feira, 27 de julho de 2011

O que as empresas precisam saber para desenvolver novos produtos

Rabikar Chatterjee, professor de MBA da University of Pittsburgh, fala sobre inovação e obsolescência no mercado

Em um cenário onde o ciclo de vida dos produtos se torna cada vez menor, oferecer novidades que sejam relevantes e atendam às necessidades dos consumidores se tornou um desafio para as empresas.

Compreender as preferências e expectativas que o target tem em relação aos seus produtos e também aos da concorrência é o pensamento que deve guiar as estratégias das companhias.

Esta é orientação defendida por Rabikar Chatterjee, professor de MBA da University of Pittsburgh. Segundo o educador, ao inovar as empresas devem levar em conta um série de fatores, desde a escolha das commodities até o planejamento dos resultados a longo prazo.

Estudar junto ao consumidor quais as características que eles esperam de um produto e conhecer sua vantagem competitiva, com base em metodologias confiáveis, são ações que colaboram para melhorar o desempenho das companhias e ampliar o entendimento do mercado.

Países como o Brasil, a Índia e China têm ganhado destaque não apenas pelo seu crescimento econômico. Empresas norte-americanas e europeias veem oportunidades de aprender com os mercados locais sobre soluções de baixo custo, que podem proporcionar mais benefícios aos consumidores, sem abandonar a qualidade e o design.

Leia a entrevista na íntegra abaixo, em que o professor explica detalhadamente essas iniciativas.

As empresas têm dado mais atenção à opinião dos consumidores para desenvolverem produtos. Quais as vantagens e desvantagens de utilizar esta estratégia?

Rabikar Chatterjee - A grande vantagem é que se for usada de forma correta, permite conhecer melhor o seu consumidor. É uma oportunidade para as empresas entenderem melhor não somente o target, mas também os pontos de conflito dessa relação.O risco que se pode correr é irritar o cliente, invadindo sua privacidade. Ao lidar com estas informações é preciso ter cuidado. Com o aumento do conhecimento dos consumidores, não há mais chances para enganá-lo. O marketing deve apoiar o produto, mas se ele não for bom, nenhuma estratégia poderá funcionar.

As empresas sabem o que os consumidores gastam com os produtos de sua empresa, mas desconhecem quanto gastam com a concorrência. Como essa metodologia pode colaborar para saber o que realmente o consumidor deseja?

Rabikar Chatterjee - Quando uma companhia desenvolve um produto não deve focar somente no consumidor, mas também pesquisar a concorrência. Uma das técnicas de pesquisa que pode colaborar nesse processo é a análise conjuntural. Essa metodologia leva em conta os fatores que interferem na escolha dos consumidores por uma determinada mercadoria ou serviço.

Na compra de pneus, por exemplo, os atributos que podem ser importantes para o consumidor são o preço e a duração. Vamos supor que um modelo custa R$ 100,00 e roda por 100.000 km. Outro custa R$ 50,00 e dura 50.000 km.

Nós também temos uma alternativa que custa R$ 50,00 e roda por 100.000 km e mais uma que vale R$ 100,00 e dura por apenas 50.000 km. Quais destas opções os usuários escolheriam? Certamente, a que tem menor valor e melhor desempenho. E qual seria a última opção? Alto preço e alta performance.

No caso de termos as duas seguintes opções: um pneu que custe R$ 100,00 e rode por 100.000 km e outro que custe R$ 50,00 e dure R$ 50,00. Aparentemente eles são o mesmo. Mas consumidores podem ter visões diferentes sobre estes produtos. Nessa situação podemos acrescentar ainda um terceiro elemento, a marca. O que eu quero mostrar é que alguns trade-offs permitem descobrir as preferências dos consumidores.

Quando se realiza uma análise conjuntural fora de situações hipotéticas há um número muito grande de fatores envolvidos. Como exemplo podemos citar a cadeia de hotéis Marriot, que tem 57 aspectos a serem analisados. Esta técnica é muito usada quando uma empresa está criando um novo produto para descobrir como o consumidor faz suas escolhas. Há 30 anos a Clark, empresa do segmento de empilhadeiras utilizou esta metodologia para descobrir qual modelo seria ideal para introduzir no mercado brasileiro.

Há outros métodos também?

Rabikar Chatterjee - Outro exemplo de metodologia e a Lead Users Research (Laboratório Vivo). Quando uma companhia deseja desenvolver um novo equipamento médico, por exemplo, essa metodologia recorre aos melhores cirurgiões dos hospitais mais conceituados para fornecer ideias. Eles são importantes nesse processo, por que são os primeiros usuários desta tecnologia e lidam com ela diariamente.

Muitas são as empresas que olham apenas para a concorrência quando desenvolvem produtos. Corre-se o risco de acabar não sendo inovador?

Rabikar Chatterjee - Sim, é um grande risco. Esse modelo era praticado na índia e China, onde as empresas replicavam as ideias dos concorrentes, sem dar atenção ao consumidor. Isso está mudando na Índia e mais vagarosamente no Brasil.

Eu acredito que esse processo deve se tornar se acelerar daqui para frente. Para não correr este risco, devemos estar atento a dois fatore- as informações do mercado coletadas pela própria companhia e o conhecimento de sua vantagem competitiva.

Na índia, por exemplo, a Tata criou o Tata Nano, carro de baixo custo, custando cerca de US$ 2.000,00. No Brasil temos o exemplo da Infraero, com as aeronaves. Empresas da Europa Ocidental e Estados Unidos estão criando centros de pesquisa e desenvolvimento na China e na Índia, não só pelo crescimento desses países, mas porque os engenheiros e cientistas destas localidades pesquisam soluções de custo muito mais baixo do que as produzidas nos países ricos.

Antigamente, os engenheiros esperavam pelo design do produto chegar até eles para iniciar a fabricação. Hoje, vemos o movimento contrário, já que os pesquisadores estão mais confiante no próprio design que estão desenvolvendo. Isso está ocorrendo na China e no Brasil, locais onde as empresas estão realmente se tornando multinacionais.

Muitos produtos são lançados no mercado todos os meses, enquanto muitos também saem de linha. Por que o ciclo de produtos está cada vez menor?

Rabikar Chatterjee - O ciclo de vida dos produtos está se reduzindo, principalmente quando olhamos para o mercado de tecnologia. Essa é a natureza do progresso. Por exemplo, na indústria de automóvel, as mudanças que levavam até cinco anos para chegarem ao mercado, hoje estão disponíveis em 15 a 18 meses. Em alguns casos, o seu produto se torna obsoleto antes de se obter o retorno sobre o investimento para desenvolvê-lo.

Este curto ciclo de vida também poderia criar uma estagnação do consumo. Os clientes, sabendo que haveria sempre uma atualização de algum produto em processo de criação, poderiam preferir aguardar até o seu lançamento. Se procurarmos na internet já há especulações sobre o iPhone 5, então porque comprar o iPhone 4, se a versão posterior já estará disponível. Mas todas as pessoas não pensam assim. Este é o desafio, estar atento ao consumidor de hoje e sua expectativa para o futuro.

Falando sobre o retorno sobre investimento, no Brasil este ainda é um tema bem difícil de ser levado a sério pelas empresas. Como ele deve ser trabalhado?

Rabikar Chatterjee - O retorno sobre investimento deve ser visto a longo prazo e planejado para várias gerações. É preciso ter cuidado. Algumas empresas podem perder em uma geração porém mais a frente conquistar outras. A maioria das empresas ainda não dominou esta técnica.

Mas as companhias querem resultados cada vez mais rápidos, a cada trimestre. Como você vê isso?

Rabikar Chatterje - Isso é um problema. Buscar resultados em curto período de tempo significa que você está abrindo mão de investimentos a longo prazo. Se os mercados financeiros fossem perfeitos não haveria esse problema. Em uma indústria automobilística por exemplo, falando sobre mudança dos modelos poderia se trabalhar sob uma plataforma básica, que receberia pequenas modificações anualmente, de modo a minimizar o investimento necessário. Eu preferiria que o mercado tivesse essa percepção sobre o longo prazo.

Os consumidores estão preparados para trocar de produto a toda hora? Será que vamos viver um momento de consumo consciente?

Rabikar Chatterjee - O modelo de marketing e precificação precisa mudar. Os consumidores não vão querer gastar mais em um produto que amanhã estará obsoleto. Em relação ao preço, talvez possa haver uma mensalidade e a cada mês que houver uma atualização você recebe ela. Para que isso seja possível, e preciso que haja uma compatibilidade.

Falando sobre a tendência de redução do custo e consequentemente do preço, o valor das commodities aumentou muito nos últimos anos. É possível diminuir o custo da inovação também?

Rabikar Chatterjee - Há dois tipos de inovação. Uma se desenvolve nono processo de produção e a outra se manifesta na utilidade do produto. Em relação à primeira, podemos compreender a redução do uso das commodities ou sua substituição por outra matéria-prima como inovação.

Já quando se fala nos produtos, deve-se buscar técnicas melhores para que os resultados sejam confiáveis. Mesmo aqueles desenvolvidos a partir de boas pesquisas podem falhar. Faz parte do processo de inovar achar maneiras para reduzir os custos e melhorar as chances de sucesso.

Além do preço, que outros atributos são valorizados pelos consumidores hoje?

Rabikar Chatterjee - Quando o consumidor tem consciência sobre o preço, a chave é conseguir encontrar um produto que surpreenda-o. Ele estará disposto a pagar mais por conveniência, confiança e estética (design). O iPhone da Apple, por exemplo, pode ter um preço mais alto e as pessoas pagam por isso. Enquanto outras companhias estão cortando verbas do marketing, as empresas de grande sucesso investem nesses atributos para atrair os clientes.

Outro atributo que mencionado é a questão de como um produto pode facilitar a vida do consumidor. Essa poderá ser outra tendência?

Rabikar Chatterjee - Qualquer característica que de um produto para facilitar a vida do consumidor é válida. Mas este bom desempenho deve se fazer sentido e ser pertinente para o consumidor. A definição que os consumidores têm sobre a qualidade é o quanto ele atende as suas necessidades.

O ponto mais importante no desenvolvimento do produto é olhar o processo através dos olhos do consumidor, por que no final o que importa é a perspectiva de qualidade que ele tem sobre o produto. Às vezes você tem que segurar alguma tecnologia, porque o mercado ainda não está preparado para ela ou simplesmente por não haver interesse.

Fonte: Exame.com

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terça-feira, 26 de julho de 2011

Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria será na próxima semana

A quarta edição do Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), será realizado no dia 3 de agosto. O evento acontecerá em São Paulo (SP) e contará com palestrantes de renome nacional e internacional, além das principais lideranças empresariais brasileiras.

Estão previstas as participações da presidente da República, Dilma Rousseff, e dos ministros da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Do cenário internacional devem participar o diretor de Inovação e Tecnologia da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Andrew Wyckoff; o presidente da Academia de Ciências da China, Bai Chunlu; entre outras autoridades.

A pauta conta com debates sobre o papel da inovação para o futuro do Brasil. Serão abordadas, ainda, as grandes oportunidades do país na agenda da inovação e do desenvolvimento tecnológico. De acordo com informações da CNI, também será divulgado o documento “Compromisso pela Inovação”.

A programação completa está disponível neste link: http://www.cni.org.br/portal/data/pages/FF80808130AEE79D0130B43ED7E928CB.htm

Fonte: Gestão C&T

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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Revista do Instituto de Propriedade Intelectual (INPI) publica primeira invenção da Hemominas

O Padronizador de Crio e Plaquetas, objeto da primeira patente requerida pela Fundação Hemominas, foi publicado na Revista do Instituto de Propriedade Intelectual (Inpi), número 2115, com a descrição do aparelho, garantindo mais um passo para sua consolidação.

A concessão de patentes no Brasil se constitui em um processo complexo e moroso, que pode levar mais de dez anos. Porém, tudo se inicia com a publicação na Revista de Propriedade Intelectual (RPI), que propicia o reconhecimento da invenção e garante os direitos do inventor.

Esta é mais uma etapa para que qualquer invenção tenha sua patente reconhecida. “Um dos requisitos é a suficiência da descrição, ou seja, que outro técnico da área, apenas com as informações publicadas, seja capaz de reproduzir a invenção”, explica Cláudio Botelho, coordenador do Inovhemos, Núcleo de Inovações Tecnológicas da Fundação Hemominas. Botelho informa ainda que mesmo com a publicação da invenção, terceiros não podem comercializá-la.

Segundo seu inventor, Leonel Fernandes Ziviani, técnico de patologia clínica da unidade da Fundação Hemominas do Hospital João XXIII, “o Padronizador de Crio e Plaquetas é um equipamento desenvolvido para o preparo de hemocomponentes e permite a padronização do volume residual da bolsa de sangue na etapa de extração do plasma”, informa. As plaquetas são utilizadas para fins terapêuticos, enquanto o plasma e o crioprecipitado são utilizados principalmente pela indústria para a fabricação de medicamentos.

O próximo passo no processo é a verificação, pelos técnicos do Inpi, se o invento possui os requisitos para obter a patente definitiva. Estes requisitos são: novidade, atividade inventiva e a suficiência descritiva.

Fonte: Agência Minas

Para maiores informações, dúvidas e/ou sugestões entre em contato com o Núcleo de Inovação Tecnológica da FIEMG - Regional Vale do Paranaíba. As Consultoras Kelly e Ana Paula estarão a disposição para atendê-los no telefone (34) 3230-5200 ou pelo e-mail nit01@cintap.com.br

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Brasil assume liderança do Programa Ibero-Americano de Inovação

O presidente da FINEP, Glauco Arbix, foi eleito por unanimidade presidente do novo Programa Ibero-Americano de Inovação, iniciativa multilateral que promete mudar o panorama da tecnologia na região. A escolha aconteceu na 1ª Reunião do Comitê Intergovernamental, realizada no último dia 15 de julho, em Madri (Espanha), que contou com a participação de representantes de Argentina, Brasil, Bolívia, El Salvador, Espanha, Portugal Nicarágua, México, Panamá, Paraguai, Uruguai e Peru.Também está definido que a FINEP será sede da Secretaria Executiva do Programa nos próximos três anos.

A próxima reunião, que prevê o estímulo à atuação colaborativa entre empresas dos países membros em projetos de inovação tecnológica, já está agendada para os dias 3 e 4 de novembro, na sede da FINEP, no Rio de Janeiro. Neste encontro, será aprovado o plano de ação e escolhido o nome do secretário-executivo, que não pode ser do país sede. Os candidatos serão selecionados por um Comitê de Busca Internacional formado por representantes da SEGIB – Secretaria Geral Ibero-Americana, para um mandato de um ano, prorrogável por mais dois.

“A ideia é intensificar a cooperação de pequenas e médias empresas”, afirma Glauco Arbix. Segundo ele, todos os países envolvidos deverão contribuir financeiramente para o Programa. A Espanha foi a primeira a aprovar um aporte de 500 mil euros. No caso do Brasil, a contribuição não será financeira, mas baseada na prestação de serviços e alocação de pessoal para conduzir o programa.

Na reunião em Madri também foram aprovadas outras medidas para intensificar esta cooperação entre empresas. Uma delas prevê a criação de um portal da inovação Ibero-Americana – uma espécie de Facebook – com o objetivo de estreitar o relacionamento entre empresas interessadas na busca de parcerias e em novas oportunidades de negócio. Também está em estudo o lançamento de um edital de cerca de R$ 10 milhões para apoiar a inovação entre empresas que já estejam em processo de cooperação.

Será criado ainda um sistema de plataformas tecnológicas de estímulo à cooperação para a escolha de temas que possam ser debatidos em eventos empresariais e ajudem efetivamente a viabilizar negócios. Segundo Arbix, para países como o Brasil, o Programa ajudará na expansão e internacionalização das empresas. Em outros, contribuirá para a expansão e absorção de tecnologias para melhoria de produtos e processos pelo setor empresarial.

Fonte: FINEP Notícias

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

CNPq publica edital para pesquisadores e empresas - 3ª Rodada Rhae Pesquisador na Empresa

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) abre nesta quarta-feira (20) as inscrições para os pesquisadores e empresários interessados em participar da terceira rodada do Edital Rhae – Pesquisador na Empresa.

Esta é a terceira e última rodada do programa, que investirá ao todo R$ 40 milhões, para apoiar atividades de pesquisa tecnológica e de inovação, por meio da inserção de mestres ou doutores em empresas de micro, pequeno e médio porte.

As inscrições devem ser feitas até 2 de setembro, exclusivamente via internet, por meio do formulário de propostas online. Os projetos deverão abordar os setores industriais no âmbito dos seguintes temas: Programas Mobilizadores em Áreas Estratégicas; Programas Para Fortalecer Competitividade; e Programas para Consolidar e Expandir Liderança. O objetivo é envolver mais de 300 mestres e doutores em projetos de tecnologia e inovação nessas empresas, com perspectivas da fixação destes nas indústrias.

O proponente deve ter seu currículo cadastrado e atualizado na Plataforma Lattes (http://lattes.cnpq.br/) e possuir vínculo formal com a instituição de execução do projeto. O período máximo para execução dos projetos é estipulado em 30 meses.

Confira edital Completo no Link: http://www.cnpq.br/editais/ct/2010/075.htm

O Núcleo de Inovação Tecnológica da FIEMG pode ajudá-los neste projeto. Quer saber como? É só entrar em contato com as consultoras de Inovação Kelly e Ana Paula pelo telefone (34) 3230-5200 ou pelo e-mail nit01@cintap.com.br. Estaremos a disposição para atendê-los.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Os incentivos fiscais à inovação são eficientes?

Artigo aponta dificuldades e problemas da política governamental de apoio à inovação.

O trabalho "A eficiência dos mecanismos de fomento à Inovação no Brasil" , feito a partir da análise dos dados da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec) do IBGE, que traz informações sobre P,D&I.

“A eficiência dos incentivos fiscais à inovação tecnológica”, faz uma interpretação mais acurada dos dados da pesquisa e conduz a uma conclusão: as ferramentas governamentais ainda são ineficientes em seus propósitos.

“Esse trabalho consistiu em um incremento das informações apresentadas no artigo anterior, traçando um panorama atual da política de incentivo à inovação no país”, explica Maria Carolina.

Um dos questionamentos levantados no estudo era se os mecanismos de fomento criados pelo governo são realmente capazes de alavancar os investimentos em inovação tecnológica. O tema, agora, foi desdobrado em um novo artigo, produzido pela coordenadora da Inventta Maria Carolina Rocha.

“A eficiência dos incentivos fiscais à inovação tecnológica”, faz uma interpretação mais acurada dos dados da pesquisa e conduz a uma conclusão: as ferramentas governamentais ainda são ineficientes em seus propósitos.

Baixe o artigo em PDF no link: http://inventta.net/wp-content/uploads/2011/06/A-eficiencia-dos-incentivos-fiscais-a-inovacao.pdf

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terça-feira, 19 de julho de 2011

Presidente do Sebrae afirma que é preciso desmistificar a ideia de que inovar exige altos investimentos em tecnologia

O mercado brasileiro e seus 100 milhões de consumidores atraem cada vez mais a atenção de grandes grupos internacionais. É comum ouvir em conversas de economistas que o Brasil é a bola da vez para os investidores estrangeiros. Até 2014, ano da Copa do Mundo, o país deve receber R$ 180 bilhões em investimentos e gastos feitos por turistas.

Apesar de gerar um clima de otimismo em razão dos milhares de empregos criados, a chegada de empresas estrangeiras amplia a competição no cenário interno e já está obrigando muitos empresários a repensarem suas estratégias para fazer frente à concorrência.

O que fazer para enfrentar os contêineres abarrotados de dólares que desembarcam todos os meses no Brasil e ao mesmo tempo competir com as empresas nacionais? Para o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, no cargo desde janeiro deste ano, a palavra mágica para a resposta desta questão é a inovação.

“É preciso pensar em inovação não apenas pelo viés da tecnologia, mas em um sentido mais amplo. Reduzir o consumo de energia elétrica ou de água, organizar o estoque, atualizar a logomarca, adotar um novo design para a embalagem dos produtos, implantar um software para controle de fluxo de caixa são alguns exemplos de inovação que geram grandes resultados”, afirma.

Em entrevista à Agência Sebrae de Notícias (ASN), ele afirma ainda que a instituição vai investir, até 2013, R$ 780 milhões em projetos nessa área. Só este ano, 30 mil pequenas empresas serão beneficiadas com esses recursos.

O segmento formado por empreendedores individuais, micro e pequenas empresas representa 99% do total de empresas no país e responde por 53% dos empregos formais. Porém, correspondem a cerca de 20% do PIB. “Existe um enorme potencial para aumentar a lucratividade nesse segmento”, avalia Barretto.

Leia a seguir a entrevista concedida à repórter Mariana Flores.

ASN: É preciso desmistificar a ideia de que inovar exige uma tecnologia complexa e cara. Como levar essa consciência para os pequenos negócios?

Luiz Barretto: De fato, o custo e a pouca articulação com os meios acadêmicos são barreiras para os pequenos empresários investirem em inovação. Nas empresas de grande porte, existem departamentos de Pesquisa e Desenvolvimento, o que é inviável em um pequeno negócio. Por isso é que criamos programas como o ALI – Agentes Locais de Inovação e o Sebraetec, com soluções de inovação para as pequenas empresas. O conceito do ALI é o de buscar ativamente os empresários e oferecer um diagnóstico. E com o Sebraetec, essa empresa passa a ter acesso a soluções de gestão, tecnologia, redução de custos, economia de energia etc. O custo dessas soluções é subsidiado em até 90% pelo Sebrae. Então, mais do que uma questão de mudar a consciência, esses programas estão viabilizando o acesso da pequena empresa à inovação.

ASN: Como uma MPE pode identificar as lacunas a serem preenchidas por ideias de inovação em seu negócio?

Luiz Barretto: O primeiro passo é pensar em inovação não apenas pelo viés da tecnologia, mas também em um sentido mais amplo. Reduzir o consumo de energia elétrica ou de água, organizar o estoque, atualizar a logomarca, adotar um novo design para a embalagem dos produtos, implantar um software para controle de fluxo de caixa. Esses são alguns exemplos de inovação que geram grandes resultados. A identificação nem sempre é fácil por causa da barreira cultural, do costume de fazer os negócios sempre da mesma forma. É aí que o ALI contribui. São jovens com no máximo três anos desde a graduação universitária, com conhecimento específico na sua área de atuação, que fazem o diagnóstico e indicam as soluções.

ASN: Como tornar o investimento em inovação um hábito entre os donos de micro e pequenos negócios?

Luiz Barretto : A cultura do pequeno empresário, muitas vezes, é a do conhecimento adquirido na prática, principalmente nas empresas familiares. Esse conhecimento é muito importante e dá resultados, claro. O que o Sebrae pretende é demonstrar para esse empresário que a inovação cria um diferencial e atende uma necessidade que é enfrentar a concorrência e fidelizar consumidores. No dia a dia, possivelmente o empresário não tenha a percepção do que pode inovar. E é justamente esse o trabalho do Agente Local de Inovação, que vai até ele e oferece um diagnóstico e encaminha para as soluções do Sebraetec.

ASN: Qual a importância da atuação do Sebrae para estimular a adoção de medidas de inovação entre as micro e pequenas empresas?

Luiz Barretto: Até 2013, o Sebrae irá investir R$ 780 milhões em projetos de inovação. Considerando apenas 2011, nossa meta é atender diretamente 30 mil pequenas empresas. A inovação é uma das estratégias da instituição para aumentar a participação das MPE na economia brasileira. O segmento formado por empreendedores individuais, micro e pequenas empresas representa 99% do total de empresas no país e responde por 53% dos empregos formais. Porém, correspondem a cerca de 20% do PIB. Ou seja, existe enorme potencial para aumentar a lucratividade nesse segmento e a inovação é um caminho para atingir esse resultado.

ASN: O Sebrae está conseguindo levar a inovação para dentro dos pequenos negócios?

Luiz Barretto: Acabamos de realizar em Pernambuco o II Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação, reunindo os atuais 400 ALI que temos hoje nos estados. Os depoimentos deles e de alguns clientes mostram os resultados com ganhos em lucratividade, acesso a novos mercados e desenvolvimento. E os resultados tendem a ser ampliados porque teremos mil agentes de inovação ainda em 2011, com mais pessoal nos estados onde o programa já foi implantado e o início das atividades no Rio de Janeiro, Mato Grosso e Santa Catarina.

ASN: Investir em inovação torna as empresas mais competitivas para fazer frente à concorrência internacional. O Brasil enfrenta essa concorrência de empresas estrangeiras? Em um ranking mundial de investimento em inovação, em que posição o Brasil estaria?

Luiz Barretto: Com certeza, o mercado brasileiro, com mais de 100 milhões de consumidores, atrai concorrentes de outros países. Então não se pode aguardar passivamente a entrada de competidores estrangeiros, é preciso preparar as pequenas empresas brasileiras para esse cenário cada vez mais competitivo. Dados do Ministério da Ciência e Tecnologia mostram que o investimento em inovação está em ascensão no país, embora ainda não seja equiparado a outras grandes economias. Mas os números mostram que em outros países a participação do setor privado em pesquisa e inovação é muito mais relevante do que no Brasil. Por isso a agenda do Sebrae com inovação é tão importante para mobilizar o setor privado para esse tema. Esse também é o motivo do Sebrae fazer parte do Movimento Empresarial pela Inovação (MEI), que reúne grandes empresas, representando ali os pequenos negócios.

ASN: Como o investimento em inovação dentro das empresas pode influenciar o desenvolvimento da economia brasileira?

Luiz Barretto: Dado que o segmento de empreendedores individuais, micro e pequenas empresas representa 99% do total de empresas no país, não pode de forma alguma ser dissociado do desenvolvimento da economia brasileira. A participação no PIB está em torno de 20%, por isso vemos o potencial de aumentar essa participação e um dos mecanismos para isso é a inovação.

Fonte: Agência SEBRAE de Notícias

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Inovação e apoio

Trabalhar em um ambiente cheio de incertezas, em que as chances de dar certo são tão grandes quanto as de dar errado, é uma alternativa a estudantes ou recém-formados em busca de espaço no mercado de trabalho.

São as startups, empresas em fase inicial que buscam modelos de negócios que possam se mostrar produtivos e lucrativos. O assunto foi tema da primeira edição do Campinas Tech Meetup, encontro realizado no dia 7 de julho na Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (FEEC-Unicamp).

O evento, organizado pela Innoveur e pela FM2S Aceleração de Start-ups, teve como objetivo reunir empreendedores e investidores com o objetivo de estimular a criação de novas startups.

No encontro, conhecido no meio corporativo como meetup, estiveram presentes – entre estudantes e ex-alunos da Unicamp – novos empreendedores e investidores em busca de ideias inovadoras.

De acordo com o professor Roberto de Alencar Lotufo, do Departamento de Engenharia da Computação e Automação Industrial e diretor executivo da Inova, a Agência de Inovação da Unicamp, a iniciativa de trazer o modelo de meetup do Vale do Silício, nos Estados Unidos, surgiu da ex-aluna da universidade e fundadora da Innoveur, Ana Carolina Merighe.

A proposta desse tipo de encontro é criar um ambiente informal para facilitar a networking (rede de contatos) e a aquisição de sócios investidores pelos jovens empreendedores. “Iniciativas como essa servem para que a nova geração de profissionais desenvolva sua veia empreendedora”, disse Lotufo à Agência FAPESP.

Programado para ser realizado na FEEC-Unicamp a cada dois meses, em cada edição com um tema específico, o Campinas Tech Meetup se divide em duas partes. A primeira é dedicada a palestras sobre empreendedorismo em startups.

Na segunda parte são realizados os pitches, termo utilizado para as apresentações curtas (de cerca de 3 minutos) de negócios feitas pelos novos empreendedores aos investidores “anjos” – empresários com experiência em startups, ampla rede de contatos e capacidade de investimentos em empresas nascentes inovadoras.

Embora o público do encontro seja composto por estudantes e ex-alunos da área de engenharia e computação, Lotufo explicou que esse tipo de empreendimento não é exclusividade do universo digital, onde são comuns. Os setores atendidos pelas startups vão do agronegócio ao financeiro, da biotecnologia à pesquisa em diversas áreas.

Mais informações: www.meetup.com/CampinasTech-Meetup

Fonte: Agência FAPESP

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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Presidente Dilma sanciona Lei da Empresa Individual

A presidente Dilma Rousseff sancionou nessa segunda-feira (11) a lei que cria a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), iniciativa que protege o patrimônio pessoal do empresário individual. O texto está publicado nesta terça-feira (12) no Diário Oficial.

A nova lei permite que a empresa seja constituída por uma única pessoa, sem necessidade de sócio. Ele deve ser titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não pode ser menor do que 100 vezes o valor do salário mínimo vigente. A legislação diz que o patrimônio social da empresa responde pelas dívidas do negócio, ficando de fora os bens dos sócios.

A lei sancionada também possibilita que quem já possui um negócio em sociedade possa se tornar empresa individual, ao permitir a concentração das quotas de outra modalidade societária numa única pessoa. O empresário só pode ter um único empreendimento nesta categoria.

“A mudança significa avanço no Código Civil e segurança aos empresários”, afirma o gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick. Sua avaliação é de que essa nova figura jurídica traz simplificação, estímulo e transparência ao processo de formação de empresas no país.

“Simplifica porque, com a nova lei, quem quiser abrir uma empresa não precisa mais procurar um sócio, o que também acaba estimulando o empreendedorismo”, explica o gerente. Segundo ele, esse estímulo é reforçado pelo fato de o empresário não ter que expor seu patrimônio aos riscos do negócio. Bruno avalia que a lei também confere transparência à abertura de empresa. “Será possível saber quem realmente é sócio da empresa, pois hoje muitos não são de fato”, conclui.

Fonte: Agência SEBRAE de notícias

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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Como inovar o clássico

A Suíça, com seus chocolates, relógios e canivetes, é sinônimo de qualidade e establidade. A Victorinox, que tem sua origem em meio aos alpes, não é exceção. A empresa que fabrica os famosos canivetes desde 1884, nesses mais de cem anos já vendeu mais de 400 milhões de unidades do utensílio no mundo todo. Em 2010 a Victorinox faturou US$ 500 milhões. No ano passado, a Victorinox registrou um crescimento de 11% no mundo inteiro, sendo que o Brasil apresentou um crescimento de 15%, o que colaborou muito para o ótimo desempenho mundial. Vale ainda lembrar que o mercado brasileiro está entre os dez mais importantes para a marca e pelo seu potencial foi eleito um dos cinco mercados de destaque para os próximos anos.

Mas não é por conta da tradição que a empresa se estagnou, parou no tempo: o setor de inovação da Victorinox serve como exemplo para empresas de qualquer tamanho, já que se vale das novidades não apenas para alavancar as vendas, mas também para sair de situações difíceis.

Um exemplo disso é que em 2001, com a crise que se instalou após o atentado de 11 de setembro, quando foi impedida de vender seus famosos canivetes nos aeroportos e aviões, a empresa suíça reuniu-se com os seus funcionários para discutir alternativas para evitar as demissões em massa. Além de contar com a flexibilidade dos empregados da empresa, a Victorinox ampliou sua atuação para outras áreas, como roupas, acessórios para viagem e perfumes. O resultado: não foi preciso demitir ninguém.

Outra inovação que buscou estar em consonância com as necessidades do mercado foram as novas opções da roupagem dos canivetes: a marca, que tinha como “pretinho básico”, a tradicional cor vermelha, ganha coleções diferenciadas, com mais cores, materiais e sofisticação, visando o público feminino. A expectativa de crescimento com a chegada das novas linhas é de aproximadamente 30% em 2011.

A Pequenas Empresas & Grandes Negócios conversou com Karl Kieliger, presidente da Victorinox no Brasil, sobre como inovar produtos que já são reconhecidos e bem aceitos no mercado.

A Victorinox é reconhecida mundialmente por seus produtos clássicos. Por que "mexer em time que está ganhando"?

Ter produtos em linha por 20, 25 anos que continuam vendendo bem não significa que eles não precisam de inovação. Mantemos esses produtos na linha, mas continuamos pensando em produtos para novos públicos, como as mulheres ou os mais jovens. Por isso lançamos canivetes com uma roupagem mais feminina, mais moderna, e também produtos como o canivete com o pen drive embutido, para agradar esses novos públicos.

Como vocês detectam essas novas demandas potenciais?

Além de a empresa ter um departamento de pesquisa, muitas das ideias vêm dos própios clientes, que nos escrevem ou se manifestam nas mídias sociais. Uma das características da empresa é buscar essa proximidade com o cliente, para ter facilidade em ouvir a opinião de quem consome. Outro canal de comunicação bastante eficaz são os nosso pontos de venda: exportamos nossos produtos para mais de 40 países, e visitamos essas lojas, mantendo esse contato frequente com lojistas e distribuidores, que também têm muito o que nos contar.

Qual o segredo de inovar produtos tradicionais?

No nosso caso, é manter um design icônico, em um produto de qualidade reconhecida, embutindo tecnologia. Um exemplo é o canivete com USB, que faz muito sucesso. O consumidor gosta dessa mistura de uma tecnologia moderna inserida em um produto clássico.

Como inovar mantendo a qualidade?

Acho que são muitos os caminhos. No nosso caso, optamos por não terceirizar os processos, mantendo a mão de obra toda interna. Além de garantir o emprego dos nossos trabalhadores, isso auxilia a garantir a qualidade de todas as peças que vão no produto e, caso surja uma ideia inovadora no meio do caminho, nossa manobra é mais rápida. Além disso, não colocamos a novidade antes da qualidade: fazemos e refazemos testes antes de lançar qualquer produto, para garantir que o que chega ao mercado, tenha muita qualidade.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

País pode chegar a 35 mil patentes em 2011

O aumento do número de artigos científicos nas universidades brasileiras pode favorecer o processo criativo e meticuloso das invenções, resultando num maior número de patentes no médio prazo. Jorge Ávila, presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), não tem dúvidas de que o número de patentes, que tem aumentado nos últimos anos, irá crescer significativamente. Mas, para estar no ranking dos países mais inovadores, com maior depósito de patentes, são necessários de 10 a 15 anos, no mínimo. Esse foi o tempo, por exemplo, que a China levou para entrar nessa lista, impulsionada por pesados investimentos em pesquisa e crescimento econômico.

Ao analisar o desempenho global das patentes, Ávila os classifica em blocos. No primeiro bloco, onde o número de patentes por ano é superior a 300 mil, estão EUA, Japão, China e Europa. No segundo, acima de 100 mil patentes, fica a Coréia e no terceiro, países como o Brasil, com 20 mil a 80 mil patentes, onde se colocam a Índia, o Caribe e a Austrália. Abaixo disso, e com menos de 10 mil registros, estão todos os demais, incluindo toda a América do Sul.

No ano passado, de acordo com dados do INPI, o Brasil registrou 28.052 patentes, incluindo os tratados de cooperação. Mas esses números ainda não foram consolidados, porque há patentes que chegam do exterior e são registradas nos país com a data de entrada dos pedidos. Ávila calcula que esse número poderá atingir cerca de 30 mil patentes. Em 2011, o país pode chegar a 35 mil registros.

Na avaliação de Ávila, o mercado brasileiro enfrenta um grande problema cultural quando se trata do pedido de patentes. Muitas empresas nasceram da informalidade, a partir de determinado conhecimento, e não se preocuparam em registrá-lo. "Temos feito um esforço junto a essas companhias para mostrar que é necessário assegurar esse conhecimento" observa.

O presidente do INPI acredita que esse cenário começa a mudar á medida que inovação passa a ser uma palavra chave na competição, com novos players chegando e companhias nascendo dentro das universidades. O Brasil é considerado um emergente com potencial em diversas áreas, como software, aviação, bioenergia, medicina e outros mercados.

No Global Innovation Index 2011, promovido pela WIPO (World Intellectual Proprerty Organization), o Brasil está em 47º lugar no ranking geral de inovação. Esse estudo se baseia na média obtida entre dois subíndices, um que trata do ambiente interno, tais como instituições, capital humano e pesquisa, infraestrutura e sofisticação do mercado e de negócios, e o outro que pondera sobre o que se produz em termos científicos e criativo.

Fonte: Valor Econômico - Especial Inovação

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terça-feira, 12 de julho de 2011

INPI aprova medidas para reduzir o tempo da análise de Patentes

Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) enviou ao Ministério do Planejamento um pacote de medidas que espera ver aprovadas para dar continuidade à sua reestruturação. As medidas visam ampliar o número de examinadores para reduzir o prazo de análise de patentes, hoje em torno de sete anos. O INPI solicita autorização para contratar, ainda neste mês, cerca de 40 aprovados no concurso realizado em 2008, cujo cadastro de reserva vence em agosto. E pede a criação de 335 vagas para realizar novo concurso.

Segundo Jorge Ávila, presidente do INPI, o pacote tem apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Movimento Empresarial pela Inovação (MEI) que estão se articulando para sensibilizar o governo da necessidade de fortalecer o INPI. A reestruturação passa ainda pela assinatura de acordos de cooperação com outros institutos, pela automação dos processos, com o acesso dos examinadores aos bancos de dados que possam contribuir com o exame, digitalização do acervo de informações e automação do fluxo de trabalho, com o objetivo de eliminar a perda de tempo com o trânsito de papel em um prazo de seis meses.

"A aprovação do pacote depende da nossa capacidade de, em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a indústria, demonstrarmos que vale a pena e é importante investir no crescimento do INPI. As medidas têm de ser percebidas como uma necessidade de aumentar a eficiência da máquina pública", defende Ávila. A reestruturação do INPI ganha relevo maior no âmbito da Política de Desenvolvimento Competitivo, em gestação pelo atual governo.

Segundo Ávila, o INPI ocupa a 12ª posição entre os maiores institutos do mundo, mas não consegue atender a uma demanda crescente. O número de depósito de patentes aumenta 10% ao ano e em 2011 deve bater em 35 mil pedidos de patentes e 135 mil pedidos de registros de marcas. A fila de exame de patentes já soma 150 mil pedidos para uma capacidade de análise de 22,5 mil ao ano. O backlog para análise de marcas é de 280 mil pedidos. O Instituto tem hoje 280 examinadores que fazem 75 análises por ano. As patentes concedidas em 2011 referem-se a pedidos depositados em 2004. Para Ávila, como não se pode corrigir o passado, a meta é reduzir o backlog.

"Se aumentarmos a capacidade para 50 mil análises/ano, reduziremos o prazo para três a quatro anos. Isso vai exigir entre 680 a 700 examinadores. A ideia é admitir 400 pessoas em três levas: uma pequena, agora. com o cadastro de reserva. Uma parte grande em 2012 e outra, em 2013. A meta é que eles estejam em plena produção até o final de 2014, quando esperamos ter um prazo máximo de análise de quatro anos", sinaliza.

O INPI também trabalha para criar no país a cultura de propriedade intelectual para aumentar o entendimento e o interesse dos brasileiros por usar o sistema de patentes. Para Ávila, de nada adianta ter um INPI eficiente se as universidades e empresas brasileiras não souberem usar. São depositadas anualmente cerca de 15 mil patentes, número pequeno em relação ao tamanho da economia brasileira e ao desenvolvimento científico e tecnológico do país. "Se levarmos informação, esse número vai crescer muito. Não é um sonho imaginar que daqui a cinco anos teremos um nível de depósito semelhante ao da Coreia, de 80 mil pedidos por ano", calcula.

Outro desafio é atrair o interesse pela carreira e preparar os examinadores, o que exige pelo menos dois anos de treinamento, de acordo com um programa de capacitação com metodologia adaptada do Escritório Europeu de Patentes. O salário inicial para quem tem mestrado é de R$ 8 mil e de R$ 9 mil para nível de doutorado. Outro aspecto é a insegurança jurídica. É frequente um examinador ser processado em função de uma decisão de um direito de patente que, eventualmente, gere insatisfação nas outras partes afetadas. O agravante: durante o processo, o profissional pode ter seus bens bloqueados. Segundo Ávila, o INPI preocupa-se em mostrar ao examinador que, no caso de um erro técnico, ele será defendido pela Advocacia Geral da União.

O INPI também articula uma rede de cooperação com outros institutos, começando pela América do Sul. A ideia é permitir que as buscas sejam compartilhadas, preservando o direito de cada país examinar o pedido à luz da sua lei. Com os maiores escritórios, a meta é assinar acordos bilaterais no âmbito do Patent Prosecution Highway (PPH), que visa acelerar o exame, desde que o solicitante abra mão de que sejam reexaminadas as reivindicações negadas no primeiro escritório. A proposição já foi apresentada pelos escritórios americano, japonês, espanhol e mexicano.

Fonte: Valor Econômico

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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sebrae promove surgimento de nova profissão

Programa em parceria com CNPq capacita jovens de nível superior recém-formados para atuarem como agentes locais de inovação (ALI)

Brasília - “Estamos criando uma nova categoria profissional ao incentivarmos e capacitarmos agentes locais de inovação”. A declaração é do diretor-técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, ao assinalar que, a exemplo de países avançados, a instituição está investindo fortemente na formação desses “extensionistas urbanos” para atendimento direto aos empresários do segmento de pequeno porte. Os ALI, como são conhecidos, têm encontro nacional agendado para a próxima quarta-feira (13), em Porto de Galinhas (PE), a cerca de 60 km de Recife.

A perspectiva é de ampliação no número de ALI que atendem às micro e pequenas empresas em 25 estados. “Hoje são quase 450 e vamos alcançar a marca de mil ALI até o final de 2012”, anuncia o diretor do Sebrae. Os agentes locais de inovação têm papel preponderante na transformação dos pequenos negócios, ao levarem soluções que ajudam empresários a aumentarem sua competitividade, para satisfazerem consumidores cada vez mais exigentes, bem informados e seletivos.

Uma parceria do Sebrae com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) investe na qualificação desses profissionais do Programa ALI. É uma iniciativa de cunho estratégico, que permite a jovens recém-formados, de nível superior, capacitação para atuarem como agentes de inovação junto aos empresários. “São profissionais que se tornam bolsistas do CNPq e contam com apoio de tutores para acompanhar o atendimento às empresas de pequeno porte, gerando o conteúdo necessário ao trabalho científico a ser apresentado ao final de até dois anos de atuação”, explica Carlos Alberto.


Segundo Carlos Alberto dos Santos, o Sebrae está especialmente voltado para superar o desafio da competição cada vez mais acirrada de produtos e serviços nacionais e estrangeiros no mercado brasileiro. “E vamos avançar nesse processo, que garante uma experiência singular a esses jovens profissionais, uma vez que têm oportunidade de conhecerem de perto a realidade e necessidades dos pequenos negócios e de buscarem soluções junto às instituições de ciência e tecnologia para aprimorarem o processo produtivo das empresas atendidas”, observa o diretor-técnico.

Cerca de 600 profissionais estarão em Porto de Galinhas para o 2º Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação (ALI), organizado pelo Sebrae e CNPq. Na programação, palestras e oficinas com a apresentação de experiências modelos dos estados do Acre, Mato Grosso do Sul, Paraná e Pernambuco. “Eles têm o desafio de sensibilizar e mobilizar cada empresário no seu próprio empreendimento, de modo que incorporem a inovação no dia a dia dos pequenos negócios, para que estes tenham ganhos efetivos de qualidade, produtividade e sustentabilidade”, enfatiza Carlos Alberto dos Santos.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Economia com Inovação

Uma das bandeiras levantadas pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff, é a que o País se torne um potente exportador de tecnologia, a inovação tecnológica é um elemento fundamental para o crescimento da economia nacional. Nesse contexto, os produtos, processos e serviços inovadores têm chamado muito a atenção no campo empresarial brasileiro. A inovação se colocou como um ativo de extrema importância para o crescimento das organizações, e o governo realmente tem apresentado incentivos para aumentar a competitividade e a tecnologia das empresas brasileiras nos mercados doméstico e mundial. Isto impulsiona o crescimento do país e o consolida como uma importante economia global. Entretanto, para que isso aconteça, também existe a necessidade de que os detentores do conhecimento não estejam concentrados no meio acadêmico, mas que sejam motivados a trabalharem nas empresas, que estejam atuantes no mercado.

A inovação pode ser descrita como a aplicação de ideias que geram benefícios, como o aumento de faturamento, o acesso a novos mercados e o aumento das margens de lucro. E, para que uma inovação seja classificada como tal, deve causar impactos significativos na empresa, seja nos resultados financeiros, seja na maneira como se porta no mercado. O caminho está aberto para as empresas e o País tem leis que incentivam a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação, como é o caso da Lei 11.196, mais conhecida como Lei do Bem. Criada em 2005, ela é destinada às empresas que investem em Pesquisa e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica, criando incentivos fiscais de apoio a essas atividades. Parte dos incentivos é destinada ao abatimento do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (Cofins). É importante frisar que as beneficiárias são as empresas optantes pelo regime tributário do Lucro Real e que possuam situação fiscal completamente regular.

Apesar de a Lei do Bem existir há seis anos, ela ainda é pouco conhecida pelas empresas. Dados divulgados apontam que hoje, no Brasil, existem apenas cerca de 600 organizações que usufruem dos benefícios. Acredito que esse cenário se deva à falta de conhecimento da legislação existente e também da maneira como se faz a prestação de contas. Assim, as empresas que desejam obter os benefícios fiscais advindos de seus investimentos em inovação tecnológica encontram reais dificuldades. Esses problemas podem estar ligados à comprovação de que os valores gastos foram, de fato, destinados a este tipo de investimento, além de terem uma carência de gestores especializados para seus projetos de inovação. Diante desta sucinta apresentação sobre inovação e leis brasileiras de incentivo, fica destacada a importância dos projetos inovadores para as empresas que buscam se sobressair no mercado e, consequentemente, se beneficiar das reduções de encargos tributários. Ainda, fica enfatizada a importância dessas medidas para a posição do Brasil no mercado internacional e a expectativa de que a inovação passe a fazer parte efetiva do cotidiano do empresariado brasileiro.

Fonte: Portal Inovação

Para se manter sintonizado sobre a temática da Inovação ou saber outras informações entre em contato com Kelly ou Ana Paula (Consultoras de Inovação) do Núcleo de Apoio à Inovação (NIT/FIEMG-CINTAP).

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Frentes parlamentares se unem em prol da inovação

O setor de inovação ganhou mais força nesta semana. A Frente Parlamentar de Ciência, Tecnologia e Inovação, lançada ontem (29) e encabeçada pelo deputado Izalci Lucas (PR-DF), se fundirá à Frente Parlamentar da Pesquisa e Inovação, coordenada pelo deputado Paulo Piau (PMDB-MG). A ABIPTI atuará como secretaria executiva do grupo.

As duas frentes se reunirão na próxima semana para dar início a um diagnóstico das mais de 300 propostas em tramitação na Casa relacionadas ao tema, informou o deputado Izalci Lucas. “Precisamos levantar o que está em vigor para propor as complementações em termos de legislação e consolidar tudo em um projeto nacional”, assinalou.

Entre as prioridades, discussões sobre o marco regulatório, que já está ultrapassado, incentivos fiscais e a flexibilização das licitações. Outro aspecto, ressaltou, é a questão dos altos custos. “Precisamos pensar de que forma podemos encontrar uma saída para a abusiva carga tributária brasileira. O custo da mão de obra é muito grande, a competição é global e o país fica em desvantagem em relação às outras nações”, completa.

A criação de incentivos para as empresas e governo investirem em inovação, pesquisa e desenvolvimento, além de aproximar pesquisador e empresários também estão entre as metas da frente. Para o deputado, a falta de aprovação da Lei de Inovação em vários Estados e de uma legislação mais flexível para os editais de pesquisa são obstáculos que impedem o avanço tecnológico nas instituições públicas e privadas.

“A Câmara esta bem sensível ao tema. Quando comunicamos o lançamento da frente nos gabinetes, muitos manifestaram interesse em participar. E todos os ministérios envolvidos deverão nos apoiar nesse processo de interação. Tivemos o cuidado de colocar um representante de cada Estado para que sejam interlocutores em cada região, estimulando também a participação dos municípios”.

Experiências de fora
Com o objetivo de buscar experiências na área de ciência e tecnologia de outros países, a Frente Parlamentar de Ciência, Tecnologia e Inovação convidou para a solenidade de lançamento dois representantes da América do Sul, evento realizado no auditório Freitas Nobre, no Anexo 4 da Câmara dos Deputados.

O diretor do Programa de Inclusão Digital da Presidência da República Oriental do Uruguai (Plan Ceibal), Guilherme Spiller, abordou as transformações sociais ao país vizinho por meio de um programa que entregou um computador a cada aluno do ensino fundamental. A diretora-geral da Federação Ibero-Americana das Entidades de Tecnologia da Informação (Aleti), Silvia Bidart, falou sobre a construção da legislação de incentivo ao setor tecnológico que resultou em grande expansão das atividades na Argentina.

Para saber mais sobre a brilhante temática da Inovação entre em contato com Kelly ou Ana Paula (Consultoras de Inovação) do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT - FIEMG). Tel: (34) 3230-5200 ou pelo e-mail nit01@cintap.com.br

quarta-feira, 6 de julho de 2011

97% das empresas consideram importante inovar para a sustentabilidade

Cada vez mais as empresas de diversos setores estão atentando para a necessidade da adoção de um modelo de negócios sustentável como forma de garantir a própria sobrevivência. De acordo com um levantamento realizado pela Fundação Nacional de Qualidade (FNQ), 97% das empresas consideram fundamental que as organizações inovem para buscar a sustentabilidade, tanto do negócio quanto da economia e do planeta.

Apesar dessa consciência, 70% dos participantes do estudo acreditam que as empresas, de maneira geral, estão preocupadas, mas não direcionam seus investimentos em inovações com foco no crescimento sustentável. A pesquisa foi realizada com 63 companhias filiadas ao órgão.

O levantamento mostra que 27% dos entrevistados apontaram a gestão como a principal preocupação das empresas em que trabalham, enquanto 22% indicaram a sustentabilidade e 19% a redução de custos. Além disso, os participantes consideraram que os três setores da economia mais alinhados aos princípios da inovação para sustentabilidade são, na ordem, energia, automobilístico e de papel e celulose.

Para Jairo Martins, superintendente-geral da FNQ, os resultados da pesquisa mostram que a maioria das empresas ainda ignora o tamanho do problema da sustentabilidade. "Enquanto dominar o pensamento pelo viés econômico, cujo sucesso é medido pelo PIB, o atual modelo de desenvolvimento insustentável não vai mudar e não serão incluídas na pauta das organizações as questões socioambientais. É um desafio de gestão para as empresas", destaca.

O executivo ressalta que as empresas ainda relacionam inovação à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico, mas é necessário ter uma visão sistêmica da gestão e compreender que a inovação deve acontecer também na liderança, nas ações de marketing e no modelo de negócios. "A inovação para sustentabilidade precisa fazer parte do planejamento estratégico da empresa. Hoje, as organizações enxergam a sustentabilidade como um subconjunto da gestão e não como parte integrante do processo de gestão como um todo", conclui.

Fonte: Portal Administradores

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WiFi dorminhoco reduz consumo das baterias à metade

Um pesquisador da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, descobriu uma forma de dobrar a duração da carga das baterias de dispositivos móveis, como celulares, tablets e notebooks, ao baixar conteúdo da internet.

O truque está em uma pequena, mas crucial alteração na tecnologia WiFi, largamente utilizada pelos usuários de equipamentos móveis para conexão à internet.

Consumo acelerado de bateria

O consumo da bateria desses equipamentos é particularmente elevado quando, ao usar a rede WiFi, o equipamento encontra-se na vizinhança de outros dispositivos fazendo o mesmo.

Nesses casos, cada aparelho tem que "ficar acordado" para pegar sua vez na fila e baixar um pequeno pedaço da informação desejada. O processo repete-se várias vezes por segundo.

Isto significa que a drenagem da bateria ao baixar um filme na Avenida Paulista, ou em qualquer outro lugar com alta concentração de usuários, é muito maior do que baixar o mesmo filme durante um fim de semana no interior.

Modo dorminhoco

O novo software elimina este problema ao permitir que os dispositivos móveis "durmam" enquanto um outro equipamento na vizinhança baixa sua cota de informações.

Isto não economiza energia apenas para o próprio aparelho que entra em estado de espera (sleep mode), mas também para os outros equipamentos na área, que operam sem perder o sono por causa da concorrência.

O novo sistema foi batizado de Sleepwell (durma bem) por seu criador Justin Manweiler.

"Pontos de acesso WiFi dotados com o Sleepwell podem escalonar seus ciclos de atividade para uma sobreposição mínima com os outros, resultando em ganhos de energia promissores, com uma perda de desempenho desprezível," disse Manweiler.

Fonte: Inovação Tecnológica

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terça-feira, 5 de julho de 2011

Mercadante destaca importância da inovação para crescimento do país

O Brasil ocupa, hoje, o sétimo lugar do mundo em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e o oitavo em Tecnologia da Informação (TI). O setor representa 4% do Produto Interno Bruto e oferece um imenso potencial para ser explorado pelo setor público e, principalmente, pela iniciativa privada. Mas, para que isso aconteça, é preciso investir em inovação para ter um produto de maior valor agregado e mais competitivo.

Esse foi o recado que o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, deu na abertura da XI Conferência da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), no dia 20.

Ao auditório lotado de empresários, representantes das empresas associadas à Anpei, técnicos e acadêmicos, além de autoridades governamentais, o ministro destacou a importância da inovação para o desenvolvimento econômico do país. “Temos que aumentar os investimentos em P&D. E aumentar rápido. Onde? No setor privado. Os investimentos em P,D&I no Brasil são de 2/3 do governo; e 1/3 das empresas. No resto do mundo é o inverso”, disse Mercadante. “Temos que criar a cultura da inovação”, completou. Para o ministro, o número de empresas que inovam ainda é muito pequeno. “Por isso, a importância de iniciativas como essa da Anpei. Que congressos como esse se multipliquem”, ressaltou.

O tamanho do mercado brasileiro de TIC e TI, destacou Aloizio Mercadante, respalda o país a avançar cada vez mais e fortalecer esse setor. De acordo com os dados do Ministério de Ciência e Tecnologia, apresentados durante a abertura da conferência, os negócios em TI somam, hoje no Brasil, US$ 85,09 bilhões (o equivalente a 4% do PIB); enquanto o segmento de TIC contabiliza US$ 165,69 bilhões – ou 8% do PIB. “Mas muitos países estão à frente do Brasil em investimento das empresas em P&D”, ressaltou o ministro. Ele citou os exemplos dos Estados Unidos que investem 2,79% do seu PIB; do Japão, cuja parcela destinada é de 3,44%; e Alemanha, com 2,82% do PIB direcionado ao investimento em P&D. O Brasil aparece com 1,19% do PIB, atrás da China, que aplica 1,54% de suas riquezas no setor.

Fonte: ANPEI

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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Brasil avança 13 posições no ranking de inovação

O Brasil subiu 13 posições no Indicador Global de Inovação 2011 (The Global Innovation Index), consequência do esforço brasileiro em disseminar a cultura da inovação a cada ano. O ranking é calculado anualmente pelo Insead, uma das principais escolas de negócios da Europa, em parceria com a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Wipo, na sigla em inglês), agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).

O Brasil foi de 60º lugar para 47º, de acordo com os novos indicafdores, revelados no último dia 30, em Paris. Com esse resultado, o Brail saiu na frente da Rússia, Índia e Argentina, por exemplo.

Ronaldo Mota, secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (Setec/MCT), considera que o desempenho verificado é a constatação de que a inovação está virando cultura no Brasil. Algo que está sendo internalizado e que muda, para melhor, o cenário brasileiro.

“Temos indicadores que atestam o que o ranking observa, mas hoje podemos afirmar, sem medo de errar, que, graças ao espírito muito empreendedor de nossa população, especialmente de pequenas empresas de forte conteúdo tecnológico e baseadas em conhecimento intensivo, estamos em ritmo bem mais acelerado que a média mundial, o que é muito bom. Empreendedores, os brasileiros são há muito tempo. Recentemente começamos a inovar, empreendedorismo mais inovação é sucesso certo”, afirma.

Indicadores

Mota destaca a evolução brasileira no indicador relacionado aos ambientes político e regulatório. “Certamente a estabilidade macroeconômica brasileira é um destaque e as recentes Leis de Inovação e do Bem começam a mostrar seus resultados, finalmente”. O especialista em inovação do MCT aponta ainda a dinâmica do mercado como aspecto relevante neste processo.

“Nosso mercado está cada vez mais sofisticado e, portanto, mais competitivo e conferindo inovação como fator crucial, tendo como conseqüência mais e melhores mecanismos de acesso a crédito, mercado de capitais e preocupação com comércio exterior”, ressalta.

Segundo Ronaldo Mota, outro fator importante a ser ressaltado é o aumento da produção científica, já que o Brasil cresce a um ritmo cinco vezes maior do que a média mundial. Para ele, embora o país não apresente ritmo semelhante na transferência do conhecimento ao setor produtivo, está no caminho certo.

“Nenhum país se tornou notável em inovação sem uma ampla e qualificada base de produção científica clássica. Para ser inovador, há que se produzir conhecimento e transformar o conhecimento em riqueza. Somos bons na primeira parte e estamos aprendendo a ficar bons também na segunda”, observa.

Desafios

O secretário lembra que o Brasil também tem crescido acima da média mundial em número de computadores por habitante, mas que precisa avançar em outros itens que contam no ranking. “Para continuar galgando posições precisamos aumentar, entre outros itens, nossa capacidade de geração de patentes e ampliar nossa produção criativa, que envolve consumo de produtos culturais e de lazer, produção de filmes, etc”.

O maior desafio, na opinião de Mota, é transformar conhecimento em riqueza e manter uma política que catalise, articule e amplifique a chamada “cultura da inovação” na sociedade, com ações conjuntas envolvendo os demais ministérios, estados e municípios.

“Temos dois atores mostrando vitalidade: os acadêmicos e os empresários; trata-se de construir boas pontes conectando os dois, viabilizando que ambos cresçam cada vez mais por meio de maior integração entre eles. Essas pontes conectoras serão o principal diferencial para que o desenvolvimento econômico e social em curso seja definitivamente sustentável”, conclui.

Fonte: Portal MCT

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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Governo quer acelerar concessão de patentes

Está em ajuste final a segunda etapa do projeto de modernização do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). A partir de agosto, serão contratados novos servidores e adquiridos computadores. O objetivo é cortar pela metade o prazo de concessão de patentes no País, reduzindo dos atuais 8 anos para 4 anos até 2015.

A iniciativa faz parte da nova política industrial da presidente Dilma Rousseff, cujo foco é a inovação. “As medidas vão gerar grande demanda para o INPI. É preciso prepará-lo”, disse o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. O INPI é uma autarquia do ministério.

Segundo o Estado apurou, o governo deve autorizar a contratação de mais servidores para o INPI, apesar do ajuste fiscal. Serão 380 novos examinadores: 50 até agosto, 165 em 2012 e 165 no início de 2013. Para abrigar sua nova equipe, o instituto já alugou, com opção de compra, um prédio no centro do Rio e deve se mudar até o fim do ano.

A modernização do INPI vai custar no total cerca de R$ 55 milhões por ano em salários e R$ 29 milhões na compra de computadores. Segundo Jorge Ávila, presidente do órgão, o investimento estatal ocorrerá nos primeiros dois anos, quando os examinadores estão em treinamento.

O INPI cobra pela concessão de patentes e a expectativa é de que o valor arrecadado cubra os gastos. A intenção do governo é melhorar o desempenho do INPI, que ainda está muito abaixo dos padrões internacionais. Nos Estados Unidos e na União Europeia, uma patente demora, respectivamente, 3,5 anos e 4,5 anos para ser aprovada. Na Coreia do Sul, que também é emergente, é ainda mais rápido: 3 anos.

“Todo esse atraso causa descrença para o INPI e desestimula as empresas a solicitar patentes”, diz Paulo Moll, gerente executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo ele, algumas empresas chegam a desistir da patente e optam por manter o segredo industrial, apesar do risco de que um concorrente registre antes a invenção.

O professor da Universidade de Campinas (Unicamp) Carlos Pacheco diz que o processo de análise no Brasil consome quase a metade dos 20 anos de validade da patente. O especialista ressalta ainda que, por causa do atraso, as empresas deixam de ter acesso a alguns benefícios fiscais e não podem agregar o valor da patente ao seu patrimônio.

O INPI recebeu 30 mil pedidos de registro de patente em 2010, para serem analisados por 273 examinadores – uma média de 109 por pessoa. Nos EUA, são 480 mil pedidos por ano, mas o número de examinadores chega a 5.477, ou seja, 87 patentes por pessoa. Na Europa, a média é ainda mais baixa: 40 patentes por ano para cada examinador.

Por causa dessa situação, o estoque de patentes à espera de análise no INPI já é de 154 mil, o equivalente a 5 vezes o total do ano. Nos EUA, o estoque é de 764 mil patentes, mas significa 1,6 vez a demanda anual. Na Europa, a relação entre estoque e pedidos anuais é de 2,1.

Essa é a segunda fase do projeto de modernização e reaparelhamento do INPI, que começou em 2005, ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O INPI tinha apenas 112 examinadores na época, mas o prazo médio de concessão das patentes também era de 8 anos.

O número de examinadores subiu para 223 examinadores em 2009, mas, segundo especialistas, o prazo de análise não caiu por causa da dificuldade de treinar a mão de obra e do aumento do volume de pedidos de patentes, que saiu de 24 mil em 2005 para 28 mil no ano passado.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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