terça-feira, 27 de setembro de 2011

Empresas que inovam são mais valorizadas

Uma pergunta sempre vem a tona quando falamos em inovação. Será que as empresas inovadoras conseguem ter um desempenho melhor que as suas concorrentes e que o mercado?
A teoria diz que sim! Será que a prática também? Essa expectativa faz com as empresas aceitem correr os riscos e desenvolver propostas inéditas ao mercado, investindo recursos financeiros e humanos nesse desafio.
Para verificar isso a Innoscience Consultoria em Inovação criou o índice de empresas inovadoras de capital aberto na bolsa de valores de São Paulo. O Índice de Inovação Innoscience (3i) foi desenvolvido com o objetivo de acompanhar o desempenho das empresas mais inovadoras do Brasil. É constituído por uma carteira de empresas como Whirlpool, Tecnisa, Embraer, Lojas Renner, Natura e TOTVS, totalizando 31 empresas que foram classificadas como as mais inovadoras do país no último ano a partir de rankings divulgados por publicações de gestão de negócios.
Essa carteira de empresas inovadoras vem performando significativamente melhor comparando-a com o Ibovespa, indicando que vale a pena buscar a inovar. Desde janeiro de 2007 até agosto deste ano, o 3i valorizou 114,2%, sendo que a diferença em favor da carteira de empresas inovadoras chega a 76,4 pontos percentuais.
O moral da história é que vale a pena tentar começar a busca pela inovação. Como diz o ditado, antes tarde do que nunca!

Fonte: EXAME

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Qualidade das patentes cai média de 20% em 20 anos, diz OCDE

A qualidade das patentes de todas as partes do mundo registradas na Europa teve uma queda média de 20% no período de 2000 a 2010, na comparação entre 1990 e 2000, diz relatório elaborado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Nota divulgada pela organização, conjuntamente com o relatório, afirma que “a corrida para o registro de qualquer aperfeiçoamento mínimo” está sobrecarregando os escritórios de patente e atrasando a chegada ao mercado de inovações realmente significativas.

O texto explica que o “índice de qualidade” de uma patente é definido a partir do número de citações que o registro recebe, de pedidos de renovação e de países em que é apresentado. O objetivo da formulação do índice é capturar “o valor econômico e tecnológico” das inovações.

“Esses indicadores são considerados medidas significativas da produtividade da pesquisa, e têm correlação com o valor social e privado das invenções patenteadas”, prossegue o relatório, que analisou não só os países-membros da OCDE, mas também econiomas emergentes como Brasil, China e Índia.

A queda na qualidade média veio acompanhada, ainda, por uma queda na dispersão desse indicador – isto é, na diferença que separa as melhores das piores patentes. Também caiu a diferença de média de qualidade da inovação entre os países no topo e no fim do ranking das melhores patentes: a separação, que era de 15% na década de 90, reduziu-se a 9% no períoodo 2000-1010.

As patentes mais úteis, de acordo com o total de citações recebidas, são as registradas por inventores de Estados Unidos, Alemanha e Japão. Mas a hegemonia vem se enfraquecendo: em 1996, da elite de 1% das patentes mais citadas, 70% vinham desses três países. Em 2000, essa proprção havia se reduzido a 60%.

O relatório, intitulado The Science Technology and Industry Scoreboard 2011, nota que os países nórdicos, Índia, China e Coreia do Sul vêm ganhando espaço no ranking.

Fonte: Inovação Unicamp

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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Governo aumenta IPI de veículos para proteger a inovação nas indústrias brasileiras

Em 60 dias, o governo federal começará o levantamento das montadoras de carros que ficarão isentas do aumento de 30% no Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciado na última quinta-feira (15). A medida foi tomada para estimular a produção de componentes nacionais nos veículos.

Os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, da Fazenda, Guido Mantega, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, garantem que a ideia é atrair mais investimentos e não desestimular a indústria automotiva. “Os carros nacionais ficarão mais atrativos. A medida não é fiscal, é defesa do emprego e da inovação tecnológica numa das cadeias mais importantes na indústria brasileira”, afirmou Mercadante.

Para ficarem livre do aumento da taxa, as montadores terão que se adequar a padrões como: utilizar no mínimo 65% de conteúdo nacional ou regional (da Argentina, por conta de acordo vigente entre os dois países); investir em pesquisa e desenvolvimento (P&D); e realizar pelo menos seis de 11 onze etapas da montagem dos carros no Brasil.

Os veículos produzidos em países do Mercosul e no México, que têm acordos automotivos com o Brasil, estão isentos da medida que vale até 31 de dezembro de 2012.

Fonte: Portal Inovação

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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Inovação é tema de debate no Encontro Brasil-Alemanha

Inovação significa transformar ciência e conhecimento em negócio. Esse conceito definiu a discussão entre empresários, representantes do governo e de fundações que participaram do painel “Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento: novas fronteiras para a cooperação”. O debate aconteceu nesta segunda-feira (19) como parte do Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2011, que segue até amanhã (20) no Rio de Janeiro.

“Nosso país tem uma boa base científica, mas ainda precisamos aprender a transferir esse conhecimento para todos os setores. Temos a agricultura e pecuária como exemplos de sucesso”, afirmou Ronaldo Mota, secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Para os especialistas presentes no evento, a Alemanha é um país que possui tradição na transmissão do conhecimento, com um forte laço entre a comunidade acadêmica e as demandas do mercado. “Trabalhamos em rede. Diretores de institutos de pesquisa costumam ser catedráticos na universidade e os melhores estudantes são identificados e estimulados a participar do desenvolvimento das pesquisas”, afirmou Eckart Bierdümpel, diretor da Fraunhofer-Gesellschaft.

Aumentar a base de conhecimento entre as pequenas empresas pode acelerar a capacitação de fornecedores, ponto considerado vital na estratégia de crescimento. Energias alternativas e tecnologia da informação foram citadas como exemplos dos vários campos promissores que os países podem definir para trabalhar em conjunto e com a participação efetiva dos empresários. Se o caminho é longo, os especialistas concordam que, mesmo com graus diferentes, os dois países têm uma cultura inovadora, que diminui os efeitos da crise global e que representa uma vantagem no mercado mundial.

Fonte: Agência SEBRAE de Notícias

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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Prêmio FINEP de Inovação encerra inscrições em outubro

Falta menos de um mês para o encerramento das inscrições do Prêmio FINEP de Inovação 2011. O concurso está na reta final e as empresas interessadas têm até 14 de outubro para se inscrever via internet. A premiação chega a R$17,2 milhões, distribuídos entre os vencedores de acordo com a categoria. Estes recursos serão aplicados em projetos que tenham a inovação como ponto central.

Em sua 14ª edição, o Prêmio foi criado para reconhecer, estimular e divulgar os esforços inovadores realizados por empresas, instituições científicas e tecnológicas, desenvolvidos no Brasil e já aplicados no País e no exterior.

As categorias são Micro/Pequena Empresa, Média Empresa, Instituição Científica & Tecnológica (ICT), Tecnologia Social e Inventor Inovador. Esta última categoria foi criada para premiar pessoas físicas que tenham patentes concedidas pelo INPI a objetos já comercializados.

A disputa ocorre em duas etapas: regional e nacional. Os vencedores de cada categoria em sua região disputam entre si a premiação nacional.

O Prêmio tem ainda duas categorias especiais: Grande Empresa e Inovar. A grande empresa concorre apenas à etapa nacional e se destina a organizações com faturamento bruto em 2010 superior a R$900 milhões. Já a categoria Inovar é diferenciada. Conhecida como Prêmio INOVAR, foi criada em 2009, como uma ação de estímulo à promoção da excelência na gestão de fundos de venture capital no Brasil por intermédio do programa INOVAR. A partir deste ano, se insere no Prêmio FINEP de Inovação.

Para se inscrever no Prêmio FINEP de Inovação, as instituições precisam estar há, pelo menos, dois anos no mercado e não ter conquistado o Prêmio em 2009 ou 2010. Concorrentes na categoria Inovar têm formulário próprio no site específico.

Quaisquer dúvidas podem ser tiradas pelo telefone (21) 2555-0510 ou pelo e-mail premio@finep.gov.br. Outras informações estão disponíveis no site.

Fonte: FINEP

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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Finep irá apoiar projetos de inovação em empresas de telecomunicações

O ministério das Comunicações repassou R$ 100 milhões à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) que deverão ser emprestados a empresas com enfoque na inovação do setor. Os contratos que definem a transferência dos recursos foram assinados nesta quarta-feira (14/09), no Rio de Janeiro, pelo ministro da pasta, Paulo Bernardo. A verba é proveniente do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel).

De acordo com o ministro, o setor de telecomunicações é prioritário no País e este é o momento certo de fomentar os projetos da área, já que o mercado interno está em expansão. "Nos últimos anos, o Brasil teve uma evolução socioeconômica importante, muitas pessoas conquistaram melhores condições e passaram a ser demandantes de serviços. Estamos em um momento extremamente promissor para o desenvolvimento das telecomunicações no Brasil", disse.

Segundo ele, as condições em que os recursos serão emprestados às empresas são "diferenciadas e vão estimular o setor". A Finep oferecerá o crédito com Taxa Referencial de Juros (TR) mais 3,5% e prazos para pagamento que podem chegar a dez anos. "As taxas são boas e a empresa que receber os recursos tem condições de fato privilegiadas, até com melhores condições do que as praticadas pelo próprio Governo em outras instâncias, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)", avaliou.

O superintendente da área de financiamento da Finep, Alexandre Barragat, destacou que o crédito vai fomentar a atividade de pequenas e médias empresas da cadeia produtiva do setor. "Esses recursos vão ser utilizados exclusivamente para o desenvolvimento tecnológico da cadeia de fornecedores de equipamentos de telecomunicações. O foco está em alinhamento com a visão do ministério das Comunicações de que o país precisa aumentar a participação de empresas brasileiras no fornecimento de equipamentos fabricados", informou.

Barragat explicou que o valor mínimo para empréstimo, por proposta, é R$ 1 milhão. Já o máximo dependerá da capacidade de pagamento da empresa. Esse é o primeiro empréstimo do Governo com recursos do Funttel para a Finep, embora a agência de fomento opere o fundo desde 2002 e já tenha movimentado cerca R$ 380 milhões em 98 operações reembolsáveis e não reembolsáveis. Dentre elas, está o apoio ao desenvolvimento da TV Digital e de equipamentos de rede desenvolvidos por empresas nacionais para serem utilizados pelas operadoras de telecomunicações.

Fonte: FINEP

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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Embrapa da indústria começa com R$ 30 milhões

O governo vai criar, dentro de um mês, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), a grande aposta do governo Dilma Rousseff para fortalecer a indústria brasileira diante da competição com produtos importados de alto teor tecnológico. A Embrapii contará, já de partida, com R$ 30 milhões para emprestar a três institutos de pesquisa já conveniados. O capital da empresa receberá um aporte duas vezes maior no ano que vem, cumprindo a meta traçada pelo governo federal de destinar R$ 90 milhões para pesquisa industrial entre o último trimestre deste ano e o fim de 2012.

Largamente baseado no sucesso da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), criada em 1973, no auge do milagre econômico, e na alemã Fundação Fraunhofer, a Embrapii, no entanto, não será uma companhia estatal. Diferentemente da Embrapa, que ao longo deste ano consumirá um orçamento de R$ 1,8 bilhão e conta com 9,2 mil funcionários, a Embrapii terá gestão enxuta e não contará com um corpo de pesquisadores. Funcionará como um “selo certificador” dos institutos habilitados a operar junto à indústria.

De partida, a Embrapii já conta com três institutos conveniados, isto é, habilitados a receber recursos públicos. A partir de outubro, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), no Rio de Janeiro, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial da Bahia (Senai-Cimatec), receberão R$ 10 milhões cada. A meta do governo é atingir 30 institutos até o fim de 2014, o que representará um orçamento total de R$ 270 milhões a R$ 300 milhões em três anos.

“O foco do repasse de recursos será a demanda”, afirma o ministro Aloizio Mercadante, da Ciência, Tecnologia e Inovação, a pasta que coordena os trabalhos em torno da nova empresa. “A Embrapii fechará um contrato de gestão com o instituto de acordo com a carteira de projetos de inovação coletada junto às fábricas”, explica.

O modelo de gestão da Embrapii já está definido. A nova empresa entrará com o equivalente a um terço dos recursos necessários a cada projeto, e o restante será dividido entre o instituto conveniado e a própria fábrica interessada na inovação. Os primeiros três institutos foram selecionados pelo governo por atender às demandas que a partir do mês que vem serão da Embrapii. Segundo Mercadante, no IPT há expertise em modelagem de navios, o INT conta com forte know-how no complexo industrial de petróleo e gás e o Senai-Cimatec conta com laboratórios especializados em automação e logística fabril. “O instituto que oferecer mais, em pessoal, infraestrutura e número de empresas interessadas, receberá mais”, afirma o ministro.

(Com informações do jornal Valor Econômico)

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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Brasil sobe cinco lugares em ranking de competitividade

O Brasil deu um salto de cinco posições no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial deste ano e agora figura no 53º lugar, entre 142 países analisados. Com o resultado, o Brasil ultrapassou a Índia (56º), mas ainda se encontra atrás da China (26º) e da África do Sul (50º) no grupo dos BRICS (formado também pela Rússia, em 66º). “É importante analisar a tendência de longo prazo e ver que o País subiu 13 colocações nos últimos seis anos”, afirmou o diretor e economista do Centro para a Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial, Beñat Bilbao-Osorio.

Ele nota que o Brasil obteve evoluções em itens que são considerados exatamente suas principais fraquezas, como a competição no mercado local, a infraestrutura e a corrupção. São pontos que melhoraram, mas ainda continuam com avaliação baixa e impedem que o País cumpra todo seu potencial.

Além da conhecida falta de infraestrutura adequada, Bilbao-Osorio avalia que a baixa concorrência entre as empresas ainda afeta a competitividade. “É uma preocupação o fato de algumas companhias representarem oligopólios.”

Ele acredita que o mercado de trabalho apresenta rigidez, como as dificuldades para contratar ou demitir um funcionário, fato que pesa sobre a avaliação do País, juntamente com o baixo nível de qualidade do sistema educacional. O diretor vê ainda desconexão entre os salários e a produtividade atualmente. “A produção deve se equalizar aos salários para não criar inflação.”

Fonte: ANPEI

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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Marco legal de C&T começa a tramitar no Congresso Nacional

A proposta de um novo marco legal para a ciência e tecnologia (o Projeto de Lei do Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2177/2011) já começou a tramitar no Congresso Nacional. Fruto de um grupo de trabalho formado pela SBPC, ABC, Consecti e Confap, o texto foi apresentado pelo deputado Bruno Araújo (PSDB/PE).

O deputado Sibá Machado (PT/AC) deve ser o relator da matéria na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI). Segundo ele, o projeto deve passar também pela Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

De acordo com Machado, os nomes dos relatores das outras duas comissões devem ser anunciados nos próximos dias. “Podem ser anunciados na próxima semana, já que nesta há o feriado de 7 de setembro”, avaliou.

O parlamentar acredita que em 60 dias as três comissões devem entregar o relatório para que o PL possa ir ao Plenário ainda em novembro. Ao ser aprovado no Plenário, o PL será encaminhado ao Senado Federal. Conforme a análise de Machado, o texto não deve enfrentar resistência no decorrer da tramitação na Câmara, por se tratar de um projeto de interesse do País.

Reforçando sua análise, o parlamentar informou que a Comissão de Ciência e Tecnologia protocolou o PL com a assinatura de todos os integrantes do colegiado. “O combinado foi que a que a Comissão assumiria a autoria do Projeto”, disse ele.

Fonte: ANPEI

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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Inovação Química - Vidro inteligente reage a variação no clima

Inteligência vítrea

Engenheiros da China e dos Estados Unidos criaram um novo vidro inteligente que é capaz de reagir de acordo com a temperatura ambiente.

Durante o inverno, o vidro funciona como um bloqueador térmico, evitando que o calor interno da casa ou do edifício escape.

Durante o verão, o vidro reflete a radiação infravermelha, evitando o aquecimento do ambiente interno.

E tudo de forma automática, sem qualquer atuação externa - a "inteligência" é embutida no vidro.

Janelas inteligentes

O Dr. Zhong Lin Wang, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, tem um longo histórico de trabalho com materiais piezoelétricos e nanogeradores.

Agora ele usou sua experiência com óxidos e cerâmicas para criar um material composto por várias camadas que se mostrou uma solução promissora para a criação das janelas inteligentes.

O material primário é o dióxido de vanádio (VO2), que muda de um estado transparente em baixas temperaturas - permitindo que a radiação infravermelha passe - para um estado semi-transparente em altas temperaturas - deixando a radiação infravermelha do lado de fora.

Mesmo no seu estado semi-transparente, o material deixa a luz visível passar, mostrando a seletividade desejada quando o assunto é lidar com o calor - por isso ele é chamado de material termocrômico.

Cristalinidade

Mas o VO2 tem lá seus problemas: ele não é um bom isolante térmico e só pode ser produzido em temperaturas muito altas.

Entra em cena uma camada de óxido de estanho (SnO2) dopada com pequenas quantidades de flúor, criando um composto conhecido como FTO (iniciais dos elementos em inglês: Fluorine, Tin, Oxygen).

A camada de FTO melhora a cristalinidade da película de dióxido de vanádio e baixa sua temperatura de síntese para algo em torno de 390°C.

Finalmente é adicionada ao vidro uma camada anti-reflexiva de óxido de titânio (TiO2).

"Nossos resultados demonstram uma nova abordagem na combinação do termocromismo e da baixa emissividade para aplicações tais como janelas que permitam a economia de energia," escrevem os pesquisadores.

Fonte: Portal Inovação

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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Brasil tem de aproximar empresa e pesquisa para exploração do pré-sal

As empresas brasileiras fornecedoras de bens e serviços estão desconectadas das universidades e dos institutos de pesquisa que produzem conhecimento, o que configura um problema sério para um país que se propõe a explorar uma área de grande potencial petrolífero como o pré-sal. A constatação vem de estudo coordenado pelo professor Adilson de Oliveira, do Colégio de Altos Estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Em entrevista à Agência Brasil, ele disse que, do ponto de vista tecnológico, o estudo identificou a existência de uma conexão frágil entre “as empresas brasileiras fornecedoras de bens e serviços e o sistema científico e tecnológico do país – ou seja, as universidades e os institutos de pesquisa”.

Intitulado Capacidade de Produção da Indústria Nacional para o Setor de Petróleo de Gás, o estudo foi apresentado no dia 30/08 no Solda Brasil 2011 – Seminário Nacional de Tecnologia e Mercado de Soldagem. Durante o encontro, foram discutidas as perspectivas e os desafios do setor de soldagem para atender à demanda da indústria no Brasil nos próximos anos, diante da necessidade de desenvolvimento da região do pré-sal da Bacia de Santos.

Para Oliveira, o potencial da camada pré-sal representa uma janela aberta de oportunidade para o país e para o desenvolvimento do seu parque tecnológico, o que só se dará com a mobilização dos atores envolvidos no processo “para romper os diversos gargalos que se apresentarem pelo caminho.”

Há também todo um esforço no sentido de que as empresas brasileiras invistam mais em ciência e tecnologia, pois, segundo ele, as que fazem esses de investimentos hoje são, em geral, as multinacionais que estão instaladas aqui dentro – mas o fazem, em sua grande maioria, ainda fora do Brasil. “E os centros dessas empresas que aqui estão instalados nada mais fazem do que ajustar o conhecimento desenvolvido lá fora às características do processo produtivo brasileiro. E essa não é uma inovação que possa mudar realmente o quadro que se faz presente com o pré-sal, onde os desafios tecnológicos exigem, realmente, mudanças radicais em relação ao que é feito atualmente”, avalia.

(Com informações da Agência de Inovação Unicamp)

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Nelson Fujimoto assume Secretaria de Inovação do MDIC

Acompanhar as políticas sobre inovação previstas no Plano Brasil Maior. Esta será a prioridade do novo secretário de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Nelson Akio Fujimoto. Ele é bacharel e mestre em geografia humana pela Universidade de São Paulo (USP) e tem experiência administrativa nas esferas municipal, estadual e federal.

“A inovação é fundamental em áreas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e de ciência e tecnologia (C&T), mas considero que deve haver um avanço maior da inovação nos ambientes de negócios, nas empresas e nas indústrias”, analisou Fujimoto, que assumiu o cargo na semana passada.
Na avaliação dele, devido ao momento econômico favorável, o Brasil é alvo de investimentos estrangeiros, situação que deve ser aproveitada para impulsionar a inovação. “O país está numa situação ímpar para seguir no caminho do crescimento e esse esforço não tem de ser somente do governo. É preciso envolver também a iniciativa privada”, completou.

Fonte: ANPEI

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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Receita Federal estabelece regras para utilização dos incentivos fiscais à inovação

A Receita Federal publicou no Diário Oficial, 30 de agosto, a Instrução Normativa 1.187, que “disciplina os incentivos fiscais às atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica” previstos na Lei do Bem (Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005; artigos 17 a 26).

O documento publicado contempla várias das recomendações encaminhadas à Receita pela Anpei e pela Fiesp, conjuntamente, com o objetivo de reduzir a insegurança jurídica das empresas no uso dos incentivos fiscais da Lei do Bem. A Anpei realizará, em breve, um seminário para seus associados com a finalidade de esclarecer os avanços e restrições contidos na IN.

O regulamento da Receita está organizado em oito capítulos e 22 artigos, a começar pela definição de conceitos básicos sobre o que são inovação tecnológica, pesquisa básica dirigida, pesquisa aplicada, desenvolvimento experimental, tecnologia industrial básica e serviços de apoio técnico.

A maioria dos artigos está incluída no capítulo II, que trata dos dispêndios que a Receita classifica como despesa operacional em atividades de inovação. O regime de depreciações e amortizações aceleradas sobre instalações fixas e aquisição de aparelhos, máquinas e equipamentos é tratado no capítulo III, enquanto no seguinte estão classificados os dispêndios com projetos de inovação tecnológica executados por ICTs. O capítulo V trata das despesas com projetos de inovação tecnológica de empresas que atuam nas atividades de informática e automação.

O capítulo VI esclarece em que condições as empresas poderão ter a redução a zero da alíquota do IRRF, enquanto o VI foca as atividades exploradas em Zonas de Processamento de Exportação (ZPE).

O capítulo VIII estabelece as disposições finais, como a necessidade de que os dispêndios e pagamentos de que tratam da IN 1.187 sejam controlados contabilmente em contas específicas.

GRUPO DE TRABALHO – A Anpei e a Fiesp criaram um grupo de trabalho sobre a Lei do Bem quando ambas perceberam que estavam desenvolvendo ações semelhantes sobre a utilização dos incentivos fiscais à inovação. A primeira reunião com as empresas para levantamento das dificuldades e elaboração de propostas para o aperfeiçoamento da Lei do Bem foi realizada em 28 de novembro de 2007, data que marca a formação do grupo. Desde então, o GT realizou várias reuniões entre seus membros e três encontros com representantes da Receita Federal.

Veja íntegra da IN 1187 neste endereço:
http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2011/in11872011.htm

Fonte: ANPEI

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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Inovação requer agilidade na implementação de ideias

O avanço da tecnologia e a globalização são alguns dos fatores que tornaram essencial, nos últimos anos, o desenvolvimento de uma cultura de inovação nas empresas. Segundo Garth Saloner, reitor da Graduate School of Business (GSB) da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, a boa notícia é que esse processo pode ser ensinado.

A melhor forma de se fazer isso, na opinião do reitor, é por meio do 'design thinking'. O conceito é inspirado pelo processo de design de produtos, em que os profissionais descobrem quais são as necessidades não atendidas dos clientes e desenvolvem produtos para preenchê-las. "É preciso gerar o maior número de ideias possível e, usando um sistema de criação rápida de protótipos, implementar todas as que forem viáveis", afirma.

Saloner, que falou ao Valor com exclusividade, está de viagem marcada ao Brasil para comandar o Stanford Executive Circle Summit, evento já realizado anteriormente na China e na Índia. Ao lado do professor da GSB Stefanos Zenios, ele debaterá sobre inovação corporativa e temas relacionados com executivos brasileiros nos dias 12 e 13, em São Paulo. Confira a seguir os principais trechos da entrevista:

Valor: Como é possível hoje para uma companhia criar uma cultura de inovação e por que isso é tão importante?

Garth Saloner: A inovação é essencial porque a mudança é inevitável. O avanço da tecnologia e a globalização são apenas duas das muitas forças que moldam o cenário dinâmico da empresa moderna. Nem mesmo as organizações mais fortes conseguem sobreviver sem adaptação. A criação de uma cultura de inovação começa a partir do momento em que você descobre o que seu empreendimento significa e passa a prestar muita atenção nos seus clientes. Aqui na Stanford Graduate School of Business nós acreditamos que a inovação pode ser ensinada, e fazemos isso por meio do 'design thinking'. Isso começa com a exploração e entendimento dos pontos nevrálgicos e dos desejos do consumidor. A partir daí, são geradas as novas ideias que poderão mostrar o caminho a ser seguido pelas companhias. Esse é um conceito emprestado do processo de design de produtos, em que profissionais pesquisam os clientes para monitorar suas necessidades atuais. Eles descobrem quais não são atendidas e desenvolvem produtos para preenchê-las. Por exemplo, uma nova geração de cadeiras de rodas, carrinhos de supermercado e automóveis está sendo criada por meio desse processo. Atualmente, estamos aplicando esse conceito também no marketing e nos serviços aos clientes. Para uma companhia criar uma cultura de inovação, é preciso gerar o maior número de ideias possível e, usando um sistema de criação rápida de protótipos, implementar todas as que forem viáveis

Valor: Quais são os maiores desafios para os líderes nesse cenário?

Saloner: Abraçar o fracasso. A maioria de nós o associa a punição, mas para o conceito de 'design thinking' florescer os gestores precisam permitir que os funcionários aprendam rapidamente com suas falhas e sigam em frente para desenvolver o quanto antes o próximo protótipo ou ideia. Grande parte dos desafios dos líderes é recompensar o fracasso construtivo.

Valor: Um ambiente adverso como o atual favorece a inovação?

Saloner: Em termos de adversidade, as companhias com uma cultura de inovação estão melhor posicionadas para se estabilizar e tirar vantagem das oportunidades. Isso acontece especialmente nas empresas que lidam com as necessidades recém-descobertas, a partir das mudanças no mercado.

Valor: Como é possível inovar se a maioria das empresas ainda contrata pessoas com experiências e habilidades parecidas?

Saloner: A inovação exige que as companhias adotem a experiência real de seus clientes e permitam o pensamento divergente entre os funcionários. É preciso haver uma disposição de se relacionar com os problemas e identificar uma grande variedade de soluções com base nas necessidades do consumidor. Por exemplo, em um de nossos cursos, os participantes são solicitados a projetar uma escova de dentes para pessoas que perderam a capacidade de usar as mãos. Não é necessário que os envolvidos nesse projeto tenham perdido as mãos, mas eles precisam ter a habilidade de prestar atenção e compreender o problema. Isso significa que o mais importante é a capacidade que seus funcionários possuem de observar e de se identificar com um conjunto diversificado de clientes.

Valor: Os avanços tecnológicos dão alguma vantagem aos gestores mais jovens?

Saloner: Não necessariamente. Tanto os gestores jovens quanto os mais seniores têm seus pontos fortes e fracos. O ansioso e agressivo versus o mais experiente e instruído. Independentemente da idade, podemos todos nos beneficiar sendo mais abertos e continuando a aperfeiçoar nosso pensamento analítico crítico.

Valor: Como o senhor vê as companhias e os líderes brasileiros no que diz respeito à inovação?

Saloner: Percebo que o Brasil está entrando em uma era de grande inovação. Seu crescimento econômico acelerado aponta para esse caminho. Temos orgulho em ter alguns de nossos ex-alunos - como Carlos Brito, presidente-executivo da Anheuser-Busch InBev, e Stelleo Tolda, diretor-presidente do MercadoLivre - entre aqueles que estão na vanguarda. Estamos ansiosos para conhecer melhor os executivos brasileiros e saber mais sobre como eles estão abordando esse assunto.

Fonte: ValorOnline

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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Inovação ganha importância para o comércio exterior

O presidente do INPI, Jorge Ávila, destacou a importância do Instituto na promoção da inovação, fundamental para aumentar a competitividade dos produtos brasileiros. A observação foi feita durante o painel “Cenários do comércio exterior e impacto das novas medidas de política industrial”, no Encontro Nacional do Comércio Exterior (Enaex 2011), no dia 19 de agosto, no Rio de Janeiro, cujo tema principal foi a queda no volume de exportação de produtos manufaturados.

O painel contou com a exposição de Roberto Giannetti da Fonseca, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e diretor da Federação das Indústrias de São Paulo, e de José Augusto de Castro, que é também vice-presidente da AEB. No que diz respeito à balança comercial brasileira, Giannetti ressaltou que, embora o saldo seja positivo no conjunto, o quadro é grave em relação aos manufaturados, podendo chegar a um déficit de cerca de US$ 100 bilhões este ano.

A alta das commodities, aliada ao sucesso do agronegócio, é o que vem sustentando a balança comercial brasileira, segundo José Augusto Castro. Ele fez menção ao crescimento do mercado brasileiro, principalmente ao aumento de renda das classes menos favorecidas, destacando, contudo, que o aumento do consumo se voltou para produtos importados.

Fonte: Portal INPI

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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Inovação deve surgir no espaço entre empresa e universidade, diz ganhador do Nobel

“Resistam!” Este foi o conselho, em uma palavra, dado pelo ganhador do Prêmio Nobel de Química de 2005, Richard Schrock, aos acadêmicos brasileiros que se vejam pressionados a fazer pesquisa aplicada, sob o argumento de que é preciso suprir um papel no desenvolvimento econômico que não vem sendo desempenhado pelas grandes empresas.

“Na verdade, deve haver três áreas”, explicou Schrock, em entrevista a Inovação Unicamp. “Os acadêmicos, as indústrias e um intermediário. Pessoas de espírito empreendedor, companhias start-up, possivelmente pessoas que venham da academia, que fazem descobertas e fundam empresas. São essas companhias que podem ser úteis para a indústria”.

“A indústria não deve dizer aos acadêmicos o que fazer, isso é loucura”, enfatizou Schrock, que dividiu o Nobel de 2005 com Yves Chauvin e Robert Grubbs, pelo desenvolvimento de uma reação, em química orgânica, que encontrou ampla aplicação em processos industriais, tanto na produção de fármacos quanto em outras áreas. “Nós na academia decidimos fazer o que é mais interessante para nós, não para eles”.

O pesquisador reconheceu, no entanto, que a pressão para que a universidade encontre soluções rápidas para problemas atuais existe em várias partes do mundo. “Mas esta não me parece a melhor maneira de obter sucesso”, ponderou. “Porque isso é só apagar incêndios, não é fazer progresso. Então, o que eu digo é, resistam!”

Indústria

Schrock, que trabalhou na gigante química DuPont, traçou o que chamou de uma distinção “honesta” entre o trabalho de um pesquisador acadêmico e de um cientista contratado pela indústria: “Companhias querem fazer dinheiro. Esta é a razão de ser delas. Na academia, faz-se ciência porque se acredita que essa é a coisa mais importante. Que avançar as fronteiras da ciência é o mais importante”.

“A indústria não deve dizer aos acadêmicos o que fazer, isso é loucura” O pesquisador fez a ressalva de que “muita coisa boa acontece na indústria”, mas lamentou o fim dos grandes laboratórios de ciência básica mantidos por corporações. “Eles não existem mais”, declarou, acrescentando que não vê, na passagem por um grande centro industrial, uma etapa “fundamental” na formação de um cientista.

“A ciência acadêmica oferece uma experiência de aprendizado mais forte que a ciência industrial”, disse.

Entre as consequências de ter ganhado o Nobel, Schrock mencionou o fato de estar “viajando muito”. “As pessoas reconhecem meu nome, minha imagem, e tive a oportunidade de fazer coisas que não tinha tido antes, o que foi uma boa mudança”. Ele disse, no entanto, que as verbas para pesquisa continuam as mesmas.

Ensino e pesquisa

Outro ganhador do Nobel de Química, Ei-ichi Neghishi, premiado em 2010, disse à Inovação Unicamp que é preciso tomar cuidado para que a universidade não descuide do que, para ele, é sua principal função – o ensino.

“A melhor colaboração que a universidade pode dar ao país é a formação das mentes da nova geração”, declarou. “Sem cabeças bem treinadas, não há como haver desenvolvimento, nem mesmo na indústria. Essas cabeças têm de começar, têm de vir da universidade”.

O pesquisador acrescentou, porém, que em sua visão as universidades precisam receber algum tipo de orientação externa. “Conheço muito bem a situação japonesa”, disse.

“Em minha opinião, as universidades lá não atuaram na área de pesquisa tão bem quando poderiam, ou deveriam. Como todas as organizações, as universidades pedem dinheiro, recebem dinheiro, e as coisas acabam crescendo além de um certo nível”, ponderou.

Negishi disse que o Japão está, atualmente, reduzindo o número de suas universidades dedicadas à pesquisa, de 100 para 30. “Não sei se 30 é um bom número. Parece-me uma redução drástica”, afirmou, mesmo reconhecendo que um ajuste no sistema japonês era, provavelmente, necessário.

Desafio

Para Negishi, o principal desafio atual de sua área de pesquisa – o desenvolvimento de catalisadores para reações orgânicas – está na busca por um meio de capturar gás carbônico da atmosfera e reaproveitá-lo como matéria-prima.

"As plantas fazem isso”, disse ele. “Usam a luz do sol para converter CO2 em matéria vegetal, que depois as vacas comem, e transformam, por exemplo, em leite. Talvez seja possível não precisarmos mais desses estágios intermediários, as plantas e as vacas”, exemplificou. Em sua opinião, o gás carbônico – cuja concentração na atmosfera, hoje, é tida como principal causa da mudança climática – é um recurso valioso, à espera apenas de um processo químico eficiente para ser aproveitado.

Tendo recebido o Nobel há menos de um ano, o cientista disse que gostaria de voltar para sua vida normal, mas que “ainda tenho que dar o que outras pessoas e outros países esperam, até um certo ponto”.

Tanto Schrock quanto Negishi estiveram no Brasil para participar da Escola Avançada de Química, realizada entre 14 e 18 de setembro na Unicamp. Também vieram para a Escola outros dois ganhadores do Nobel de Química, Ada Yonath (2009) e Kurt Wüthrich (2002), além de outros importantes pesquisadores do Brasil e do mundo.

Fonte: Inovação Unicamp

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